CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR E A FENOMENOLOGIA

Constelação Sistêmica Familiar e a Fenomenologia

Mariana Cruz Pacheco

aluna da Turma VI, do Curso de Formação de Consteladores Sistêmicos de Ana Lucia Braga

Este artigo foi publicado no Tabloide ribeiraopretano APRENDIZ, em Abril de 2018.

 

A entrega ao desconhecido e a importância do olhar para si fundamentam a abordagem feita nas constelações sistêmicas.

Virginia Satir, renomada psicoterapeuta norte americana, desenvolveu a abordagem das Constelações Sistêmicas com bases sólidas provenientes da programação neurolinguística, hipnose e psicodrama. Além dela, muitos outros terapeutas serviram de fonte para os fundamentos dessa abordagem terapêutica. Mas foi Bert Hellinger, com sua experiência em terapia familiar, quem sistematizou as Constelações Sistêmicas e descreveu primeiramente o quanto a questão familiar (não só atual, mas de nossos antepassados), pode pesar nas nossas vidas, nas nossas relações e nossas atitudes aqui e agora.

Permeada por rituais, as constelações ganharam espaço talvez, num primeiro momento, pela curiosidade que geram. No entanto, ao se permitir viver essa experiência, é possível perceber que existe um sentido para tudo que se mostra e que as pessoas podem modificar ou entender a própria história, a partir de uma constelação.

Mas como é possível algo desconhecido se revelar?

A fenomenologia e a descoberta dos campos mórficos explicam o que aparece num trabalho de constelação.  Diferentemente da ciência, a fenomenologia pode ser definida como uma experiência pura com o que aparece, sem vícios e sem julgamentos, que permite aos envolvidos uma percepção com os sentidos, mesmo não sendo óbvio à nossa consciência. É a valorização do não saber para que seja permitido ao campo mórfico mostrar o que realmente é necessário ser mostrado para que haja uma mudança na vida do cliente e do próprio campo (sistema familiar).

Essa experiência pura com o que aparece torna-se possível quando desenvolvemos a capacidade de não julgar. O que é, é, livre de intenção, desejo ou medo.

Esse campo mórfico, que é invisível e inconsciente, guarda as informações e a memória que atravessam a vida de todos aqueles que pertencem à determinada família, e, através das constelações, podemos olhar para essas informações e memórias inconscientes e buscar uma solução. No movimento das constelações, o campo mostra o que está oculto, em sintonia com o cliente.

Bert Hellinger descreveu três principais leis, conhecidas como as Leis do Amor: pertinência – todos temos o direito de pertencer, ordem ou hierarquia – quem veio antes deve ser respeitado por quem vem depois, e equilíbrio – equilíbrio entre dar e receber.

Essas leis regem todo sistema e a quebra em qualquer uma delas faz surgir as dificuldades e os pesos nas histórias familiares. Ou seja, o que aprisiona pode vir de outras gerações e gera os chamados emaranhamentos sistêmicos ou lealdades invisíveis, que interferem na vida do indivíduo aqui e agora.

O trabalho nas constelações permite ao cliente olhar para os possíveis emaranhamentos, entender e aceitar a sua história, incluir os excluídos e se colocar em posição de reverência aos pais e antepassados como forma de respeito e gratidão.

 


 

 

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Ana Lucia Braga

Consteladora Sistêmica

Coordenadora Espaço Terapêutico Isis
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