Curso: Formação em Constelações Familiares.
Professora: Ana Lúcia Braga.
Aluna: Eva Susana Soares de Oliveira
Eva Susana Soares de Oliveira é professora na Universidade de Franca, bacharel em Administração de Empresas, mestre em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista; possui MBA em Gestão Estratégica de pessoas, especialização em Língua Inglesa, Didática para a Modernidade e Informática como ferramenta para a Educação. Com formação em Programação Neurolinguística, Emotional Freedom Techniques, Leitura do Campo Vibracional e Constelações Familiares com a professora Ana Lúcia Braga.
ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NO TABLOIDE APRENDIZ, DE RIBEIRÃO PRETO, EM JULHO DE 2018.
Como as Constelações Sistêmicas podem ajudar as empresas e os trabalhadores.
As constelações familiares têm como base a lei da pertinência: todos têm o igual direito de pertencer; A lei do equilíbrio entre o dar e o receber e a lei da hierarquia: quem chegou primeiro tem primazia sobre os que vieram depois.
E embora as constelações organizacionais tenham a sua origem nas constelações familiares e possuam regras semelhantes, ao mesmo tempo elas obedecem, além disso, a regras e princípios diferentes.
As organizações não são comunidades de destino como as famílias, querendo ou não, os seres humanos são membros de uma mesma família enquanto vivem e até mesmo além da vida.
Já os vínculos nas organizações são temporários e podem ser desfeitos por ambos os lados em qualquer momento.
Contudo é fundamental que esse rompimento se realize em um clima de compreensão e respeito mútuo, com bons rituais de despedida.
As constelações organizacionais podem ser usadas para:
Definir o lugar e papel dentro do sistema em que se trabalha, lidera, supervisiona ou assessora.
A tomada de decisões iminentes como preenchimento de cargos, questões sucessórias.
Obter informações sobre coalizões, concorrência, exploração e abuso de poder.
Visualizar a energia e o clima organizacional dentro de um grupo de trabalho.
Representar determinados cenários relacionados ao mercado e a economia.
É relevante ressaltar também que mesmo nas empresas abertas as experiências, onde impera o respeito mútuo, clima de cooperação e dedicação, as constelações organizacionais se revelam muito úteis.
As constelações organizacionais têm como base as seguintes leis:
O direito de vínculo: todos têm o mesmo direito de fazer parte, contudo esse direito acarreta a obrigação de prestar uma contribuição condizente com a respectiva posição dentro do sistema.
Dar e receber: existe nas organizações uma espécie de contabilidade e balanços desequilibrados fomentam a insatisfação e sentimento de culpa exigindo um ajuste.
Hierarquia: quem chegou primeiro tem preferência. É fundamental apreciar a experiência e os méritos daqueles que chegaram primeiro na organização, especialmente os fundadores.
A liderança tem prioridade: a liderança se justifica pela autoridade, estima, resultados e desempenho adequados. Em um grupo de iguais cabe a prioridade ao iniciador.
Nas organizações é preciso reconhecer o desempenho de funcionários com competências e habilidades especiais, oferecendo incentivos e benefícios.
Deve permanecer na organização aquele que corresponde ao posto que ocupa e à função que exerce. Aquele que não precisa mais da organização deve ir embora - caso contrário pode perder oportunidades.
A exclusão de um membro da empresa pode emperrar o sistema e possivelmente ser representado por seu sucessor. É importante ressaltar que enfraquece quem volta à organização da qual saiu.
Para aqueles que chegam à organização é importante dar valor àquilo que existe e que garantiu bons resultados, orientando-se pelo que é válido dentro do sistema e inserindo-se nele.
Os convencidos atrapalham a própria vida e a de outros na organização.
Em um vídeo chamado: Uma maioria sem minoria, Bert Hellinger realiza uma constelação organizacional que será descrita aqui.
A questão é - como ganhamos todos simultaneamente?
Bert Hellinger começa contando que foi convidado para realizar um trabalho em uma clínica, uma vez que eles estavam fora da ordem. Quando ele chegou ao local onde seria realizado o trabalho, todos os funcionários estavam reunidos em círculo: médicos, administradores, terapeutas ocupacionais, jardineiros, cozinheiros e todos prontos para participar.
Bert Hellinger, então, perguntou quem se sentia responsável pelo todo, e apenas cinco levantaram a mão, assim, ele pediu para que apenas esses cinco permanecessem na sala.
E, explicou que nestes casos, só podem ser incluídos aqueles que assumem responsabilidades, não se pode dar o direito e o dever àqueles que não estão abertos para o todo, para o risco.
Considerou, ainda, que reconhecia que isso se oponha a algumas ideias democráticas e acrescentou uma pergunta: Quantos administradores, gerentes, realmente carregam o risco?
Posteriormente, Bert Hellinger propôs imaginar uma sessão com dez representantes da empresa, seguramente os que se sentissem responsáveis pelo todo.
Primeira rodada – cada um diz o precisa mudar para que ele possa investir toda a sua força na empresa, um atrás do outro, sem interrupção e sem discussão.
Segunda rodada – cada um reflete o que seria melhor para a organização, para que todas as sugestões sejam respeitadas simultaneamente. Cada um submete a sua necessidade ao todo e haverá um efeito nesse todo.
Terceira rodada – Cada um ouve então a sugestão do outro, e segundo Bert Hellinger, normalmente vem à luz uma sugestão que está certa para todos. E isso será posteriormente sustentado por todos.
Fonte: Disponível: http://www.constelacaofamiliar.com.br/index.php/video>. Acesso em 10 jan. 2017.
Enfim, considerando que as organizações são sistemas constituídos por pessoas, é essencial que se considere a importância das constelações organizacionais, especialmente neste tempo de mudança e de desafios, ela é ferramenta necessária e útil a empresas das mais variadas áreas e portes.
Referências:
Weber, Gunthard; Gross, Brigitte. Constelações Organizacionais. Disponível em: http://www.consteladoressistemicos.com/publicacoes/46-constelacoes-organizacionais-gunthard-weber-e-brigitte-gross>. Acesso em 11.01.2017.