POSTURA DO TERAPEUTA SISTÊMICO: TEXTO DE ALUNOS

Escrito por Ana Lucia Braga

Dom, 23 de Dezembro de 2012 09:28h.

 

O terapeuta é aquele que faz da ajuda uma arte e uma profissão.

Pelo fato de sermos seres que nascemos em um estado de grande imaturidade (neurológica, motora, psíquica e afetiva), necessitamos de muita ajuda. Normalmente esta ajuda nos é dada pelos nossos pais ou substitutos.

Tal condição de desamparo faz com que, para colocarmos a balança entre dar e receber em equilíbrio se tenha a vontade de ajudar.

Porém, para realizar a ajuda como profissão, temos que organizar e colocar ordem nesta ajuda.

ORDENS DA AJUDA, SEGUNDO BERT HELLINGER

1- Dar apenas o que se tem e tomar o quanto se necessita.

2- Intervir e apoiar na medida em que a situação permite. É uma ajuda discreta e que tem força.

3- Se posicionar como adulto perante o cliente. E conduzi-lo a se manter em posição de adulto também. Assim ele ficará com a responsabilidade pelo trabalho e assumirá as consequências.

4- O terapeuta deve olhar o cliente não como um indivíduo e sim como um ser inserido numa família, isto é, ter um olhar sistêmico.

5- A ajuda está a serviço da evolução e da reconciliação. O terapeuta antecipa em sua alma o que ainda o cliente deverá realizar.

Na visão sistêmica, a transferência e contratransferência são “contra indicadas”, visto que fatalmente a relação transferencial favorece a infantilização do cliente.

Quando um terapeuta assume uma posição de pai ou mãe, ele quer dizer a si e ao cliente que ele se sente superior ou melhor que os pais do cliente. Esta é uma postura arrogante e que geralmente revela que o terapeuta tem esta postura em relação aos próprios pais.

O crescimento está em assumir tudo o que faz parte de si, como algo que vem da família ou em outra linguagem qualquer, como Persona e sombra ou Consciente e Inconsciente, por exemplo.

Se olhamos para aquilo que se nega e se diz “Sim, agora tomo você em minha alma”, então é possível o crescimento. Não que agora se retorne à inocência; mas há o crescimento. Os inocentes não conseguem crescer. Continuam sempre do mesmo jeito. Continuam sempre crianças.

Como terapeutas, também olhamos para o lamento. Toda pessoa que lamenta não quer agir. O consolo de quem se lamenta apoia na sua não-ação. Aqui o que é terapêutico é cortar o lamento, a reclamação, e promover um movimento. O terapeuta deve pensar menos e concentrar-se mais.

O maior medo do terapeuta é do que vão falar dele. Tão logo sinta que este medo é infantil, medo de criança, muda. Porém, os que não conseguem perceber este medo infantil, não têm nada a dizer, porque não assumem a responsabilidade.

O terapeuta deve resistir à emoção do cliente. Essa postura não é ensinada e sim exercitada.

Na profissão da ajuda devemos sempre nos questionar se o cliente está crescendo e se desenvolvendo, isto é o que dará forças e liberdade para ele, e então estaremos livres, tanto o Terapeuta como o Cliente.

Texto escrito pelo grupo de alunos do Curso Vivencial Treinamento em Constelações Sistêmicas da professora-consteladora Ana Lucia Braga, em Novembro de 2012.

 

Alunos: Dilma, Regina, André e Vera.

 

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Ana Lucia Braga

Consteladora Sistêmica

Coordenadora Espaço Terapêutico Isis
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