ARTIGOS DE ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO PARA CONSTELADORES SISTÊMICOS

Escrito por Ana Lucia Braga

Sex, 24 de Fevereiro de 2012 16:05h.

 

CAROS LEITORES,

Aqui estão textos escritos por meus alunos do Curso de Formação para Consteladores Sistêmicos. Este é um curso teórico-vivencial, um treinamento para futuros profissionais.

Os textos são frutos de tarefas de casa, de pesquisas em livros de Bert Hellinger, em artigos de diversos autores e em sites sobre Constelação Sistêmica, durante o ano de 2011.

 

Seguem alguns textos:

 

TEMA 1: As Ordens do Amor

ALUNA: Fátima de Oliveira

As leis sistêmicas segundo Bert Hellinger Bert Hellinger em seu trabalho com Constelações Sistêmicas, observou algumas forças ocultas que atuam em nossa vida. Ele as nomeou de leis sistêmicas. Lei, pois, querendo ou não, consciente ou inconscientemente o indivíduo é afetado por elas. Essas leis invisíveis são imperativas, e, se forem infringidas ou desrespeitadas a pessoa é absorvida por um grande sofrimento em sua vida, como doenças, conflitos, dificuldades no trabalho, relacionamentos instáveis e infelicidades gerais. Quando essas leis são respeitadas, o indivíduo pode ocupar o seu lugar na vida dentro de uma ordem que leva ao amor. A seguir descreverei sobre essas três leis sistêmicas definidas por Bert Hellinger como: Pertinência, Hierarquia e Equilíbrio. Leis que, de tão óbvias acabam sendo negligenciadas ora pela moralidade, ora pela transgressão negativa.

Lei da Pertinência: essa lei nos informa que dentro de um sistema familiar todos devem pertencer, inclusive agregados do sistema, como: companheiro e ex-companheiro. Quando um membro familiar é esquecido, o sistema entra em desarmonia. E os demais membros dessa família afetados por uma conexão leal e amorosa, que, na maioria das vezes é inconsciente, emaranha-se com o indivíduo excluído, na vã tentativa de reintegrá-lo para a sobrevivência do sistema familiar. Por muitas vezes o indivíduo emaranhado nem sequer conheceu o membro excluído. Mas essa compensação, não funciona. É um amor cego e infantil, uma tentativa mágica e inconsciente de novamente burlar a ordem nesse sistema familiar. Com essa identificação amorosa com o excluído o indivíduo não restabelece a ordem de pertencimento, mas sim, acarreta mais sofrimento para si e para o seu sistema familiar. Os casos mais comuns de infração da lei da pertinência são: filhos abortados (espontâneos e provocados), doenças mentais, homossexualismo, deficientes físicos, assassinos e assassinados, ladrões, filhos ilegítimos, entre outros destinos pesados que a maioria das pessoas não desejam ter em sua família, e acabam por ‘esquecer’ ou ‘maldizer’ essas pessoas. Para Hellinger, e para nós consteladores a solução é incluir cada pessoa dentro do seu sistema familiar de forma amoral e acrítico, apenas respeitando o destino certo de cada um.

Lei da Hierarquia: é a ordem das posições que cada membro ocupa em seu sistema. Os indivíduos que chegam primeiro tem precedência aos que veem depois. Atualmente é muito comum observarmos nas famílias as infrações dessa lei, por exemplo: crianças que ocupam o primeiro lugar na casa, sendo os mais importantes na família, mandando e desmandando em seus pais. Esses pequenos gigantes crescem, e, em sua vivência transgridem todas as posições hierárquicas, com os seus irmãos mais velhos, na escola, no trabalho e infelizmente se perpetua com seus próprios filhos, que também serão crianças grandes, pois quem não vivenciou o papel de filho tendo como referência os seus pais, terá grande dificuldade e provavelmente será impossível integrar o papel de pai e mãe diante dos próprios filhos. O filho em sua vida adulta saudável deve olhar para os seus pais biológicos com respeito, independente da vida que eles levaram ou levam. Para o filho os pais serão sempre os grandes. A vida foi passada por intermédio deles e isso é tudo. No caso de adoções o filho também olha para os pais adotivos com o respeito necessário.

No casamento o filho deve deixar sua família de origem para criar o seu sistema atual com o seu parceiro, e esse parceiro também deixará a sua família. É necessário que o casal faça isso com grande respeito, ambos, respeitando a família do outro, para que não ocorram conflitos e separações por desrespeito aos familiares do companheiro. Essa nova família terá precedência à família de origem de ambos. No caso de separações a nova família terá precedência ao primeiro casamento, e assim, consecutivamente. Para manter a ordem e a paz é necessário que famílias anteriores como o primeiro casamento, sejam lembrados respeitosamente, e que tenham um lugar na família de ambos os parceiros que viveram a união. Dessa forma é possível que o indivíduo possa gozar a sensação de liberdade com os novos parceiros e também deixar os seus novos filhos longe de emaranhados com os antigos parceiros e com os casamentos anteriores.

A hierarquia também é vivenciada na esfera organizacional, pessoas recém chegadas a uma empresa ou instituição com cargos superiores, devem respeitar os velhos funcionários. Mesmo que as intervenções realizadas pelo novo membro da empresa possam vir a ser sentidas negativamente pelos membros mais velhos, o novo funcionário deve intervir de maneira respeitosa e sem sentimento de menos valia com os membros mais antigos da empresa.

Lei do Equilíbrio: é uma necessidade de compensação entre perdas e ganhos, ela atua nas relações de forma consciente e inconsciente. Quando um indivíduo dá algo, o outro sente uma pressão para retribuir, seja na esfera positiva ou negativa. Darei dois exemplos. Exemplo 1: um homem oferece algo de bom para sua mulher. A mulher será tomada por uma sensação de retribuição, nesse caso, de forma positiva. Ela também dará algo de bom para esse homem expressando sua gratidão, e estará consciente ou inconscientemente equilibrando a sua relação.

Exemplo 2: um homem faz algo de muito ruim para sua mulher. Deixando-a muito triste. Essa mulher será invadida por uma sensação de ‘dar o troco’, a famosa vingança.

Esses dois exemplos são muito comuns, e, não são de propriedade das relações afetivas entre companheiros. Ela atua na família, com amigos e também no sistema organizacional (empresa, clientes). Acredito que a maioria das pessoas já vivenciou conscientemente essa sensação de dar e receber. O que Hellinger nos propõe, é a uma boa maneira de equilibrar as relações do dar e receber. Se no primeiro exemplo, a mulher que recebe algo de bom, e quer prosperar a relação, é certo que ela também ofereça algo bom, um pouco mais. O homem que recebeu algo mais, também se implica em oferecer algo melhor e assim a relação se desenvolve para a abundante prosperidade. Como uma relação sempre positiva é utópica, graças a Deus, pois o casal só cresce com os obstáculos, vamos para o segundo exemplo; esse um tanto polêmico.

Se o homem magoa a sua mulher, oferecendo-lhe algo ruim. Para equilibrar, é certo que a mulher faça também algo de ruim, só que um pouco menos, isso é o que diferencia da vingança. Magoando o homem um pouco menos, restabelecendo o equilíbrio para o positivo, ela pode tornar a convivência longa e saudável.

Observamos casais que se relacionam somente com a troca negativa. Cada um paga o preço que lhe cabe.

Concluo que as leis sistêmicas atuam consciente e inconscientemente, independentes das crenças, religiões e da não cientificidade delas. Elas atuam em tudo e com todos. E nesse texto, não me proponho a dizer o que é certo ou errado. Seria uma grande presunção. Às vezes as pessoas se realizam com o sofrimento. A escolha é não ter escolha. Como diz a música: ‘Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...’ E está tudo certo.

 

ALUNA: Andréa B. Tormena

As Ordens do Amor

 

As Ordens do Amor são um conjunto de “leis” que regem a estrutura familiar, como uma força invisível que tem como função manter o equilíbrio do sistema. Hellinger observou que quando estas Ordens eram desrespeitadas dentro de uma família, uma nova forma de comportamento das pessoas era percebida e se repetia nas gerações seguintes, independente de que tivessem consciência. A este fenômeno ele deu o nome de “emaranhamento”, o que denunciava dentro daquela família, padrões alterados deste fluxo de energia, tais como: doenças, brigas, perdas, tragédias, ou seja, uma interrupção do fluxo de energia que manteria a família unida em harmonia.

Ao montar a Constelação de nossa família podemos reconhecer a que tipo de emaranhamentos estamos enredados e a partir daí, buscarmos formas de restituir a ordem natural do sistema familiar, podendo assim, vivermos a nossa vida livres de situações que não nos pertencem.

Ordem da pertinência - Todo ser humano tem o direito de pertencer ao sistema que o colocou no mundo. É um princípio fundamental nessa terapia. O ato de excluir um parente traz sempre consequências graves, seja qual for o motivo da exclusão: uma avó que enlouqueceu e foi trancada num quarto pelo resto da vida; um tio suicida que nunca mais foi mencionado por ninguém; uma moça que engravidou e foi expulsa de casa; um parente que faliu e deixou de ser aceito no convívio familiar.

Segundo a lei da pertinência, quando um indivíduo é excluído, uma criança que nasce na mesma família, uma ou duas gerações depois, acaba assumindo inconscientemente várias características dele. “Essa é uma forma que o universo encontra para reequilibrar o sistema familiar”

Lei da hierarquia- por um amor inocente aos pais, as crianças assumem para si culpas e responsabilidades deles, com o objetivo de manter o sistema unido. Trata-se de decisões inconscientes tomadas na infância, se sentem os grandes diante dos pais. A precedência, a prevalência e procedência é a força das ordens.

Lei do equilíbrio - é o dar e receber, a necessidade da compensação, os pais têm a obrigação de dar; os filhos têm o direito de receber tanto o bom quanto o ruim e de tomar para si aquilo de que precisam para sobreviver. Se a troca for produtiva, positiva, gera uma convivência saudável. Caso for negativa, com críticas, o filho se sente sozinho. Situações desse tipo podem levar a uma série de sintomas, como, por exemplo, crises de depressão, que podem se manifestar inclusive na idade adulta.

 

ALUNA: Francine Papa

 

"QUANDO COMPREENDEMOS as leis sistêmicas que permitem que o amor aflore, podemos conseguir ajudar pessoas e famílias que sofrem a encontrar soluções. É profundamente comovente observar os clientes se aproximarem da Ordem do Amor e, espontaneamente, se entregarem a um sentimento amoroso suave e profundo, às vezes após uma vida inteira de ódio, raiva e abuso.”

( Bert Hellinger - A Simetria Oculta do Amor)

Foi em sua terapia sistêmica que Bert Hellinger descobriu que o sistema familiar, como acontece em qualquer outro sistema, tem sua própria ordem natural e que, quando essa ordem é violada, os efeitos são sentidos nas gerações seguintes à medida que o sistema procura retornar à ordem. As leis naturais que funcionam para manter a ordem e para fazer com que o amor flua livremente entre os membros da família são:

Lei da Pertinência:

Todos têm direitos iguais de pertencer ao seu sistema familiar;

Cada membro de uma família pertence a ela igualmente. Cada família tem um vínculo interno muito forte, a despeito do quão desunida ela pareça quando olhamos de fora. Todos os membros de uma família merecem atenção. Se alguém é excluído, ele será representado por um membro que nascer mais tarde, o qual irá impor a si mesmo um destino similar.

Lei do Equilíbrio:

Os pais dão e os filhos recebem;

As crianças são leais aos seus pais (pai e mãe). As crianças quase sempre lidam com seu próprio destino de modo a impedir que elas mesmas tenham um destino melhor que o de seus pais. Devido a esta lealdade elas tendem a repetir o destino destes pais e seus infortúnios.

Lei da Hierarquia:

Há uma hierarquia na ordem de nascimento. Os que nasceram primeiro têm preferência sobre os que vieram depois;

Há uma ordem na família que precisa ser respeitada. A pessoa que vem primeiro, seja um irmão ou um parceiro, toma o primeiro lugar. Os outros seguem esta ordem cronológica. Estes lugares precisam ser respeitados sem julgamento ou valorização, apenas devem ser percebidos como são.

A violação da ordem natural do sistema causa emaranhamentos e muito sofrimento para o sistema familiar.

De acordo com a terapia sistêmica de Bert Hellinger, a harmonia na vida em família acontece quando cada um de seus membros ocupa seu lugar de direito, assume seus papéis na vida, cuida de si mesmo e evita interferir no destino de outro.

"A alegria flui a partir da alma quando estamos em harmonia com os movimentos da alma. Qualquer que seja o caminho, somos guiados por nossas almas. Se estivermos sintonizados, sentiremos que estamos ligados a algo maior, e isso é alegria. A alegria tem uma qualidade de plenitude e completude que decorre dessa conexão. Essa alegria é calma, significativa, irradiante. Na presença de pessoas que vivenciam essa alegria, nós nos tornamos calmos. Essa alegria não tem motivo, desejo ou intenção. É uma sensação de profundo contentamento”.

(Citação de Bert Hellinger numa oficina em Londres, em abril de 2000).

 

ALUNA: Karina Zirondi

As Ordens Sistêmicas

Lei da Pertinência - Uma das leis do amor descritas por Bert Hellinger diz que todo ser humano tem o direito de pertencer ao sistema que o colocou no mundo. A exclusão de um parente sempre traz consequências na própria geração ou nas gerações seguintes. Por exemplo: antigamente era comum a família expulsar uma filha solteira que engravidasse. Um pai que expulsa a filha grávida pode ter que encarar, anos depois, uma neta ou bisneta adolescente que escandaliza a família com seu comportamento sexual. Quando o indivíduo é excluído, uma criança que vem depois na mesma família acaba assumindo inconscientemente várias características dele. É uma forma que o Universo encontra para reequilibrar o sistema familiar.

Lei da Hierarquia – É a ordem nas posições, o lugar que cada um ocupa. Em primeiro lugar vem o pai e a mãe. Em segundo lugar, o relacionamento entre o casal. Em terceiro, o filho mais velho e assim por diante. Quem chega primeiro, vem primeiro. Quando essa ordem é rompida, cria-se um conflito sério. A única relação de igualdade que existe é a de casal, onde os dois estão no mesmo nível. Eles chegam juntos. Então, um casal só consegue verdadeiramente se separar quando os dois estão no mesmo nível. Quando existem separações no mesmo nível, os dois podem seguir com amor, sem conflito, e os filhos também ficam bem. Mas se um fica acima do outro, quando um é sempre a vítima e o outro é o agressor, o culpado, o traidor, a verdadeira separação não acontece e fica difícil construir um novo relacionamento. E essa desarmonia se reflete nos filhos, que repetem o ciclo. Se o filho sentiu que a mãe ficou de vítima, condenando o pai, pode ser que ele pegue essa dor para ele e vê repetir o papel do pai ou da mãe no próprio casamento.

Quando essa ordem é trocada, começam as desarmonias, os sofrimentos, os conflitos. Podem aparecer doenças, depressões, inquietações, irritações e as pessoas não entendem por quê. É preciso respeitar a hierarquia. Um filho que não respeita um pai ou uma mãe comete uma ingratidão tremenda e não encontra paz, porque está negando a fonte da vida. Hellinger fala que os filhos podem tomar dos pais tudo que eles têm, no bom sentido: tomar o amor, a alegria, a vida. E devem honrar a vida que os pais lhe deram de presente. Um filho nunca vai dar conta de igualar esse presente, que é a vida, o dom maior da existência humana. Então, ele sempre deve ter essa gratidão e essa reverência pelos pais.

Lei do Equilíbrio - É preciso haver equilíbrio entre o dar e o receber. É uma espécie de contabilidade sistêmica. O que é feito por um participante de uma relação promove uma ação e reação, que desencadeia um resultado. É uma lei sistêmica que move o encontro entre as pessoas. Quando alguém faz algo de bom para o outro, este tende a querer retribuir, numa forma de equilibrar a relação, pois quando esta “contabilidade”, não está equilibrada o indivíduo que recebe mais e não consegue retribuir, sente-se devedor e não se mantém na relação. Não há campo de intimidade e, portanto o fluxo do amor não flui.

Esta lei pressupõe também que o equilíbrio entre dar e receber é uma compensação que mantém as relações entre as pessoas equilibradas. Mas, por outro lado, quando alguém faz algo que não é positivo para o outro, para que a relação se restabeleça e possa ter continuidade, é importante que o receptor da ação possa retribuir com algo a altura do que recebeu.

Segundo Bert Hellinger, se há o interesse em se manter na relação, é importante que seja um pouco menos, para que haja espaço do restabelecimento de algo positivo. Caso contrário, se alimenta a relação no seu aspecto sombrio, onde alguém faz algo ruim, o outro retribui com algo pior, aumentando a troca num circuito de sombra, ao contrário da anterior que se constitui como um circuito de Luz. Muitas relações amorosas terminam porque esta contabilidade não se equilibra e alguém sente que está sendo prejudicado na sua oferta de amor.

 

As Ordens Sistêmicas

ALUNAS:

Francine Papa

Tatiana Braga

 

Sistema familiar pode ser descrito como um conjunto de elementos que permanecem unidos graças ao interesse comum de forças que os permeiam; é regido pela consciência do grupo e está ligado às suas necessidades, tendo como objetivo a manutenção do grupo. Segundo Bert Helllinger, os Sistemas Familiares tem uma força tão grande, vínculos tão profundos e algo tão comovente para todos os seus membros, independentemente de como se comportam com relação a eles... a família dá a vida ao indivíduo. Dela provêm todas as suas possibilidades e limitações.

Os Sistemas familiares são regidos por três ordens ou forças: Pertinência, hierarquia e equilíbrio.

Os emaranhamentos acontecem quando alguma dessas forças não é respeitada, consequentemente surgem doenças, dificuldades nos relacionamentos, nos negócios, na vida, sentimento de infelicidade, depressão. As gerações seguintes passam a reproduzir os efeitos dos emaranhamentos de forma inconsciente.

Segundo a força da pertinência, todos têm o direito de pertencer; ninguém pode ficar excluído.

Quando algum membro do sistema é excluído, gerações seguintes emaranham-se com este membro, se identificando com ele, repetindo ou seguindo o seu destino, na tentativa de reintegração deste membro a família. Geralmente os excluídos são: filhos abortados, mortes precoces, suicidas, assassinos, assassinados, prostitutas, drogados, homossexuais, alcoólatras.

Outra força que rege o sistema é a força da hierarquia, esta força dita que cada um tem o seu lugar no sistema, e que quem veio primeiro tem precedência, isso cabe em relacionamentos, casamentos, filhos. Quando esta ordem não é respeitada, criam-se os emaranhamentos.

A terceira força é a força do equilíbrio, em todos os sistemas tudo o que se faz há uma necessidade de compensação. Se eu dou amor para o meu marido, é certo que ele me dê amor também. Se eu dou algo, espero receber algo de volta, seja no positivo ou no negativo, essa troca equilibra as relações. Quando a troca é no negativo para que haja equilíbrio é importante que quem está devolvendo, devolva um pouquinho menos.

O fluxo amoroso é reestabelecido quando é possível colocar em ordem essas forças sistêmicas.

“A alegria flui a partir da alma quando estamos em harmonia com os movimentos da alma.”

Qualquer que seja o caminho somos guiados por nossas almas. Se estivermos sintonizados, Outra força que rege o sistema é a força da hierarquia, esta força dita que cada um tem o seu lugar no sistema, e que quem veio primeiro tem precedência, isso cabe em relacionamentos, casamentos, filhos. Quando esta ordem não é respeitada, criam-se os emaranhamentos.

Se estivermos sintonizados, sentiremos que estamos ligados a algo maior, isso é alegria. Alegria tem uma qualidade de plenitude e completude que decorre dessa conexão. Essa alegria é calma, significativa, e radiante. Na presença de pessoas que vivenciam essa alegria, nós nos tornamos calmos. Essa alegria não tem motivo, desejo ou intenção. É uma sensação de profundo contentamento.

(Citação de Bert Hellinger em uma oficina em Londres em Abril de 2000).

 

TEMA 2: CONSTELAÇÃO SISTÊMICA E FENOMENOLOGIA

 

O Método Fenomenológico e as Constelações Sistêmicas

ALUNAS: Ariane - Maísa – Salete - Vera Lúcia

 

A fenomenologia iniciou-se a partir de Husserl que questionou a ciência positiva e natural.

Propondo a investigação da essência na realidade, sendo uma atitude de relação do fenômeno que se mostra para nos, na relação que estabelecemos com os outros no mundo. Trata-se da consciência pura e transcendental. É a consciência coletiva e não individual. Não necessita de comprovação, é a percepção pura, que vem até nós através das sensações. A fenomenologia compreende a verdade como caráter mutável, provisório, e relativo.

Sua posição é de compreender o mundo através dos movimentos dos campos e não ser uma teoria explicativa. Na intervenção das constelações sistêmicas fenomenológicas, há a possibilidade de uma interação inteligente do acesso em outros níveis energéticos da consciência, e da mudança do sistema, pois o campo mórfico é uma estrutura alterável.

Para Bert Hellinger, o método fenomenológico nas constelações sistêmicas, significa uma contemplação que provém do recolhimento que ocorre para além da intenção. Isto significa o acontecimento da renúncia do saber e da intenção de ajudar. Esta renúncia oferece a exposição da situação, tal como ela é, e sua aceitação, possibilitando trabalhar com as constelações sistêmicas com amor e liberdade, pois é visto e identificado o essencial obtendo força para agir sobre elas.

 

Constelação familiar e fenomenologia

ALUNA: Tatiana Braga

 

Constelação familiar sistêmica é uma abordagem terapêutica que visa identificar e solucionar problemas de pessoas e organizações.

Considera que todos fazem parte de um sistema e por isso o influenciamos e somos influenciados por ele. Fatos ocorridos antes de nós, atitudes e decisões tomadas por nossos ancestrais, nossos familiares, podem resultar em “emaranhamentos”; aqueles que vêm depois, gerações seguintes, ficam “aprisionados” a estes fatos e acabam por buscar equilíbrio através de doenças, relacionamentos difíceis, problemas diversos.

Os emaranhamentos são causados por injustiças, exclusões de pessoas, assassinatos, abusos, entre outras situações.

Através da configuração da família ou empresa, é possível reestabelecer o fluxo de amor seguindo as três leis sistêmicas: lei da pertinência, lei da hierarquia e lei do equilíbrio.

O trabalho de constelações tem um olhar, fenomenológico, o que permite ao terapeuta e ao cliente, “ver o que se mostra”, sem julgamentos ou desejos/expectativas. Já que no campo não há certo ou errado, não há temporalidade, tudo acontece no agora.

A solução ou mudança acontece a partir da consciência que o cliente toma quando configura seu campo e verifica as intervenções.

Braga, Ana Lucia.

http://www.analuciabragaconstelacao.com.br/

Cobra, Rubens Queiroz.

http://www.cobra.pages.nom.br/ftm-fenomeno.html

 

O Método Fenomenológico e as Constelações Sistêmicas

ALUNOS:

José Claudio de Carvalho Rossini

Karina Zirondi

Maria Beatriz Rossati Molina

Tatiana Braga

 

Fenomenologia é um método de interação com a realidade que diz respeito à pureza, ao essencial, ao fenômeno assim como ele se apresenta.

A Abordagem de Constelações Sistêmicas Fenomenológica considera que fazemos parte de um sistema, por isso o influenciamos e somos influenciados por ele. Fatos ocorridos antes de nós, atitudes e decisões tomadas por nossos ancestrais, nossos familiares, podem resultar em “emaranhamentos”; aqueles que vêm depois, gerações seguintes, ficam por muitas vezes, “aprisionados” a estes fatos e acabam por buscar equilíbrio através de doenças, relacionamentos difíceis, problemas diversos.

Assim, como intervenção terapêutica, visa identificar e solucionar problemas de pessoas e organizações.

As constelações tem o objetivo de revelar fatos ou fenômenos que interferem nas dimensões dos sentimentos, e não necessariamente na razão ou na compreensão do certo e do errado, que são fatores que podem patrocinar as exclusões, os preconceitos, as vinganças e tantos outros comportamentos humanos hostis.

Através da configuração da família ou empresa, é possível reestabelecer o fluxo de amor seguindo as três leis sistêmicas: lei da pertinência, lei da hierarquia e lei do equilíbrio.

No trabalho de constelações fenomenológico, o terapeuta tem um olhar que possibilita “ver o que se mostra”, sem julgamentos ou desejos/expectativas. Já que no campo não há certo ou errado, não há temporalidade, tudo acontece no agora. A solução para um tipo de sintoma ou problema será provavelmente diferente para pessoas diferentes com o mesmo sintoma. Sua postura deve ser, todo tempo, de não saber.

Na abordagem fenomenológica, qualquer ideia preconcebida que façamos de uma determinada intervenção ou diagnóstico pode interferir ou inibir o processo de cura ou solução de tal caso.

O uso da fenomenologia possibilita ao terapeuta experimentar um universo de fenômenos cujo intelecto não é capaz de alcançar, pois inclui realidades que a mente comum ainda não percebe ou ainda não conhece.

Assim a solução nem sempre é um final feliz, sendo que uma intervenção pode terminar ainda com tensão e desconforto, pois o objetivo é promover movimento em conteúdos que estiveram“congelados” anteriormente. Confia-se no processo.

Por isso uma intervenção na abordagem fenomenológica pode revelar soluções pouco compreensíveis para a razão e propor ações simples, às vezes acessíveis apenas a intuição.

 

TEMA 3: A POSTURA DO TERAPEUTA DE CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS

 

Reflexões sobre a postura do terapeuta de constelações sistêmicas

ALUNAS: Cristiane Amorosino - Francine Papa

A forma como nos colocamos como terapeutas de constelações sistêmicas perante um cliente/paciente e o observamos é a nossa matéria-prima.

Esta observação/leitura requer o desenvolvimento dos sentidos e das percepções do terapeuta de maneira que este não julgue e/ou interprete o campo deste cliente/paciente. “Precisamos confiar e aceitar estas expressões de comunicação da maneira mais singular possível...” o próprio sistema do cliente/paciente nos indicará o caminho a seguir... é ele e somente ele (o sistema) capaz de apontar o caminho para a sua verdade e necessidade. Isto é individual e específico em cada caso apresentado. Para que isso possa acontecer, o terapeuta precisa trabalhar e muito seus conceitos e principalmente os paradigmas absorvidos em toda sua formação, seja ela na vida pessoal quanto na vida profissional...

Porque caso o terapeuta interfira no campo apresentado de seus clientes/pacientes com seus conceitos e interpretações, ele perderá o foco e, consequentemente, perderá o caminho que levará à verdade resolutiva ao cliente/paciente.

O terapeuta sistêmico precisa confiar no sistema deste cliente, saber escutar/olhar, selecionar a questão essencial do tempero adicional, dos excessos que poderão tirá-lo do foco principal.

Intervir quando percebe sentimentos secundários, ou seja, aqueles sentimentos que apenas o desviarão do caminho para a verdade pois, segundo Hellinger(2001), são sentimentos adotados de outra pessoa de forma inconsciente e não da pessoa em questão e, podem funcionar como defesas do cliente para com a questão primordial.

Ao mesmo tempo, o terapeuta sistêmico precisará estar aberto ao cliente para escutar/olhar os detalhes que estão lá, de forma sutil e simples, mas estão lá naquele sistema, mesmo que este cliente não fale, aliás, muitas vezes e na maioria delas, esta comunicação se dá de forma não verbal e sim através de sensações/percepções ligadas aos cinco sentidos do terapeuta e que demonstrarão a verdade necessária para aquele cliente e seu universo sistêmico.

O terapeuta sistêmico facilitará a entrega do cliente para com seus próprios sentimentos e emoções, sem interferir através dos famosos feedbacks, característicos das terapias convencionais. Este terapeuta precisa estar inteiro, totalmente voltado ao cliente para que seja possível a conexão com o campo deste e assim compreendê-lo, visualizar a questão neste campo sistêmico e aí sim iniciar as intervenções.

Confiando no sistema, os movimentos advindos deste, surgem de forma muito natural, tais movimentos são denominados por Hellinger como “movimentos do amor”.

Quando estes movimentos se interrompem, o terapeuta poderá conduzir o cliente até esta interrupção e reconduzi-lo de maneira que esta intervenção produza no cliente, conforme Hellinger (2001), “uma paz profunda”. O amor é o ponto chave da terapia.

Portanto, se encontramos o amor, amor incondicional, chegaremos a raiz do cliente e, consequentemente encontraremos a solução.

Finalizando esta reflexão, não poderíamos deixar de mencionar o profundo respeito que o terapeuta sistêmico apresenta para com o cliente e seu campo sistêmico. Sem esta condição básica, não será possível desenvolver um trabalho positivo e de aceitação.

São Paulo, 15 de maio de 2011.

 

A postura do terapeuta de constelação sistêmica

ALUNOS: Karina Zirondi e José Cláudio

As constelações sistêmicas podem ser definidas segundo o próprio Bert Hellinger como uma abordagem terapêutica que utiliza uma postura fenomenológica. Ele também a traduz como psicoterapia sistêmica.

A função do constelador é revelar a dinâmica presente que, muitas vezes, é uma tarefa difícil. O foco do terapeuta de constelações sistêmicas deve ser no sistema, e não na fala do cliente.

É preciso conectar-se com a alma do sistema, deixando de lado interpretações. Falando-se especificamente de outras terapias, o profissional muitas vezes é tentado a achar que, devido ao seu conhecimento e experiência, sabe qual é o problema do cliente, e assim, poderá ajudá-lo a chegar a um bom resultado.

A postura fenomenológica nas constelações sistêmicas e familiares é uma postura no trabalho que parte do constelador, onde ele renuncia a tudo que é seu e isenta-se de qualquer tipo de julgamento, conhecimento prévio, intenção ou interpretação, e também de encontrar uma solução para o seu cliente, centrando-se e focando apenas naquilo que se apresenta durante a constelação.

Segundo Hellinger, “Quem tem intenções impõe à realidade algo de seu. Quer, talvez, alterá-la, de acordo com uma imagem preconcebida, quer, talvez, influenciar e convencer outros, segundo essa imagem. Mas, assim, age como se estivesse numa posição superior, perante a realidade, como se ela fosse o objeto para seu sujeito e não o contrário: ele, o objeto da realidade. Aqui fica evidente o que nos é exigido, quando renunciamos às nossas intenções, inclusive às boas intenções, desconsiderando que o bom senso nos exige essa renúncia, haja vista que a experiência tem nos mostrado que aquilo que fazemos com boas intenções, inclusive com a melhor das intenções, frequentemente falha.”

Se o terapeuta de constelações sistêmicas for pelo raciocínio da psicoterapia ele se perde no trabalho, além disso, o terapeuta não deve se identificar com sentimentos de nível pessoal, ele deve ir para o vazio, saber que o cliente é o cliente e o terapeuta é o terapeuta, isto é, dar um passo para trás. O terapeuta vai sentir os sinais no seu próprio corpo.

O bom terapeuta precisa ter coragem de dizer: Eu paro aqui, porque eu não posso te ajudar mais.

O terapeuta tem que manter sigilo, assim o cliente fica preservado, essa tem que ser a postura do terapeuta.

O pensamento lógico é o oposto do fenomenológico. Querer ficar explicando perde força de ação dentro da constelação.

A constelação começa com o mínimo de pessoas possível, o terapeuta precisa segurar a sua ansiedade, e precisa também aguentar a raiva e os ataques do cliente, precisa colocar limite, senão isso tira o seu foco.

Na constelação precisa trabalhar aquilo que o cliente pediu, se o terapeuta perceber alguma coisa a mais, falar depois para o cliente que ele precisa constelar outra coisa.

Nem sempre o resultado de uma intervenção acaba com um final feliz.

O terapeuta tem que ser isento de emoções perante ao cliente, não tem que querer salvar ninguém. É aconselhável que não se escute estórias dos clientes para não contaminar seu trabalho. Tem que ter respeito pelo campo e pelo cliente Não se deve julgar e é aconselhável muitas vezes não tomar partido e nem se identificar com as vitimas. O terapeuta tem que cobrar pelo seu trabalho para não ferir a lei do equilíbrio.

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Ana Lucia Braga

Consteladora Sistêmica

Coordenadora Espaço Terapêutico Isis
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