QUANDO AS PESSOAS NÃO SE TORNAM CONSCIENTES DA DOR, BRUSCAS RUPTURAS SÃO CRIADAS.

Escrito por Ana Lúcia Braga

Agosto de 2017

 

A dor física, muitas vezes, está ligada a um desequilíbrio emocional ou sistêmico. O corpo humano assemelha-se a um sensor, que nos mostra como lidamos com os fatos, com os acontecimentos do dia a dia. Nossos órgãos estão conectados com nossas emoções; nosso metabolismo reflete nossos humores, nossas emoções. O desequilíbrio emocional se reflete em nosso corpo. E o desequilíbrio sistêmico também. 

Nossa saúde física está conectada ao emocional, energético, espiritual e ao campo familiar. Assim como os fatos interferem no nosso campo atual e refletem em nossa saúde total, fatos acontecidos em nossa família, sem importar quando, também interferem em nossa saúde total hoje. Chamamos a esse fenômeno de emaranhamento sistêmico, que está no não local. Ou seja, não importa se você sabe, se tem conhecimento dos fatos. O campo sistêmico, que envolve o inconsciente coletivo, tem uma memória; é um campo de informações. E nós acessamos essa memória quando entramos na família, mas trazemos todas essas informações em nosso inconsciente. 

Por vezes, dores não sentidas, não choradas por nossos ancestrais, apresentam-se como doenças em nosso corpo agora. Anne Ancelin, em 1909, já dizia: “Traumas, segredos e conflitos vividos de modo dramático, podem condicionar, por transmissão transgeracional, os descendentes que talvez se tornem portadores de distúrbios, doenças ou comportamentos estranhos e inexplicáveis”. 

Em acontecimentos muito graves, como um crime, onde alguém lesa outrem, especialmente onde há segredos, é possível que doenças graves apareçam em pessoas das famílias envolvidas no crime. Françoise Dolto nos fala sobre doenças familiares, que são aquelas que se repetem em vários membros da mesma família, por várias gerações, como o câncer, por exemplo: “o que é calado na primeira geração, a segunda geração carrega no corpo”. 

As Constelações Familiares nos tem mostrado o quanto nos implicamos com os acontecimentos da família, de modo inconsciente, e, por lealdade, tentamos “resolver” situações passadas, tanto de um passado remoto quanto recente. O fato é que esse é um legado ao fracasso, já que não podemos solucionar problemas alheios, nem voltar ao passado. Com movimentos em um campo que se expressa através de representantes (pessoas nos grupos ou figuras nas constelações individuais), é possível que uma nova consciência possa surgir e que uma nova ordem seja estabelecida na família constelada. E, a partir dessa intervenção, uma nova perspectiva de saúde se mostre. Essa é uma intervenção terapêutica que traz consciência ao sistema familiar trabalhado e à pessoa que constela. Desenvolver uma postura de respeito pelo que já ocorreu, assim como mudar e honrar pelo bom e pelo justo, pela alegria e pela prosperidade, a partir da constelação, traz novas possibilidades para a vida. Ainda que, muitas vezes, se optar pela felicidade possa gerar culpa.

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Ana Lucia Braga

Consteladora Sistêmica

Coordenadora Espaço Terapêutico Isis
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