TEXTOS DE ALUNOS DA III TURMA DO CURSO DE FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÕES FAMILIARES E ORGANIZACIONAIS

Escrito por Ana Lucia Braga

Qua, 23 de Julho de 2014 10:36h.

 

AGOSTO DE 2013 ATÉ FEVEREIRO DE 2015

 

ALUNA: CLEONICE DO CARMO

 

ORDENS SISTÊMICAS

“Quando a ordem é injusta, a desordem é um princípio de justiça”, Romain Rolland.

 

Dessa forma Bert Hellinger demonstra através das Ordens Sistêmicas que forças ocultas profundamente enraizadas no Sistema Familiar quando recolocadas na Ordem levam ao equilíbrio, diante desse mecanismo ele descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” quando seguem aos padrões estabelecidos por

esse sistema familiar e “consciência pesada” (culpa inconsciente por desrespeitar esses padrões estabelecidos pelo sistema familiar), e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma” no sentido de algo que dá movimento, que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar.

Pertencimento, Equilíbrio e Hierarquia são os princípios básicos das Ordens Sistêmicas.

 

1 – Pertencimento: (Todos têm o direito de pertencer).

2 – Equilíbrio: a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos.

 

3 – Hierarquia a ser respeitada dentro do grupo ou clã.

 

Nesta proposta demonstra-se que ao aceitarmos pai e mãe, incluir os excluídos, separar o que está misturado, quebrar padrões negativos repetitivos, dar e receber com equilíbrio, harmonizar o masculino e o feminino, honrar a família e ter permissão para seguir e ser feliz é a base do respeito das principais Ordens citada acima. Muitas vezes, permanecemos fora do nosso verdadeiro lugar em nossas famílias, em um papel que não é realmente o nosso; como por exemplo, irmão que toma o lugar de pai, filha que toma o lugar de mulher do pai (tudo isso no

inconsciente), mãe que se comporta como filha da filha; filhos que tomam as crenças e o fardo dos pais para si, ficando assim impossibilitados de seguir seu próprio caminho. Repetição de padrões negativos, doenças psicossomáticas, disfunções sexuais, filhos que não "crescem" por terem medo de não serem mais amados pelos pais, cônjuge que não se independe da influência dos pais depois de se casar, identificação excessiva com algum ente querido que já morreu impossibilitando a pessoa de olhar para seu trabalho e sua vida, etc. Tudo isso influi na disponibilidade ou não do indivíduo para uma vida saudável e próspera.

Quando os membros desse sistema são reconhecidos, respeitados e colocados no seu devido lugar, através das dinâmicas que envolvem várias gerações trás a compreensão das causas desarmônicas frequente inconscientes dentro das famílias, implicações essas que ele reuniu

sob o conceito “Ordens do Amor”. Conhecer o caminho fenomenológico leva-nos a despir-se de paradigmas enrijecidos que foram criados ao longo de uma consciência individual que percorre a toda uma consciência coletiva familiar, ao tomarmos essas novas consciências sem julgamentos, com aceitação e abertura do nosso coração para recebermos a dor própria e a dor do outro, atingiremos um novo horizonte de infinitas possibilidades, pois através desse procedimento esvazia-se ideias preexistentes em relação aos movimentos internos

(sentimentos, vontades, entre outros) no que abrirá a fonte do merecimento em receber o melhor que a vida tem a nos oferecer.

As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou nos relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.

O respeito das Ordens Sistêmicas aplicadas por Bert Hellinger tanto a nível familiar, organizacional e pedagógico é o pilar que direcionará um funcionamento saudável nas relações. Para ele é através da profundeza do sentido da alma que descobrimos que essas ordens permanecem ocultas e frequentemente as encobrimos por pensamentos, objeções, desejos e medos, porém a cura apenas se manifestará se nos permitirmos trafegar a esses labirintos ocultos e vivenciar o mais precioso das Ordens do Amor, esse é o convite que a grande consciência maior nos oferece a percorrer.

Tomar a vida é a proposta principal e a essa incumbência nada se pode retirar e nem acrescentar, pois é nessa totalidade de amor que os pais oferecem o seu melhor e o seu pior, afinal somos a réplica de nossos pais e a isso nada se pode modificar, esse ato de tomar a

vida é uma realização muito profunda, consiste em assumir não só a própria vida como o próprio destino, tal como nos foi dado através de nossos pais. Com os limites que nos são impostos, com as possibilidades que nos são concedidas, com os emaranhamentos nos

destinos e na culpa dessa família, no que houver nela de leve e de pesado, seja o que for a essa renuncia e aceitação da vida nos curvamos aos mistérios ocultos além daquilo que os nossos olhos e sentidos são capazes de nos promover. E quando nos entregamos a esse ato de amor e compaixão pessoal e coletivo dizendo apenas sim a esses mistérios que aplica a vida nos ajustamos com ele e como efeito dominó todos desse sistema passam a ser atingidos inconscientemente e direcionados por uma dinâmica de ordem maior ao qual se refere as Ordens do Amor.

 

 

ALUNA: CLEONICE DO CARMO

 

FENOMENOLOGIA E CONSTELAÇÃO FAMILIAR

 

Compreende-se a fenomenologia (do grego phainesthai ) como o estudo dos fenômenos apresentados na mente a fim de encontrar as verdades da razão, ou seja, é a investigação que busca a essência inerente à aparência. Desse modo assume duas concepções simetricamente opostas; a 1ª compreendida como o ato de ocultar a realidade e a 2ª manifestação ou revelação da mesma realidade, de modo que esta encontra na realidade a sua verdade, a sua revelação. Tudo isso ocorre através da intuição, que tem como propósito descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema). Segundo a fenomenologia, tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos.

Foi fundada por Edmund Husserl (1859-1938) - filósofo, matemático e lógico. Heidegger, outro filósofo, mostra que a fenomenologia compreende a verdade como um caráter provisório, mutável e relativo, radicalmente diferente do entendimento da metafísica que pressupõe a verdade como una, estável e absoluta. Heráclito diz que “nada é permanente, exceto a mudança”.

A fenomenologia é uma postura ou atitude, uma forma de compreender o mundo e não uma teoria (modo de explicar), estando de frente o seu olhar para o fenômeno. Dessa forma, ela abre-nos as portas de um novo modo de conhecer as coisas do mundo, tarefa um tanto quanto complexa e efetiva. O nascimento da fenomenologia como um questionamento elaborado, nos faz reformular o entendimento a respeito das coisas básicas, como a compreensão do homem e do mundo.

 

CONSTELAÇÕES FAMILIARES: É uma proposta psicoterapêutica com fundo filosófico, desenvolvida pelo filósofo alemão Bert Hellinger. Ela busca ser fundamentada nos estudos das dinâmicas comportamentais que são pautados na verdade daquilo que não se vê, mas que é manifestado como se fosse um organismo vivo capaz de desequilibrar o funcionamento de todos envolvidos. Repetições de padrões de comportamentos influenciados pela família atual, de origem e grupos de familiares ao longo de outras gerações podem provocar o sistema individual e coletivo, proporcionando emaranhamentos, a abordagem é vista com foco Sistêmico Fenomenológico.

A atuação da mesma ocorre com a apresentação de um tema, onde será direcionado de forma focada, através das informações captadas pelo terapeuta, o qual busca fatos sobre a vida de membros da família do “constelado”, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.

Os benefícios são diversos, devido inclusive, aos efeitos esclarecedores, sendo eles: melhoria das relações familiares, das relações interpessoais nas empresas, das relações no ambiente educacional.

Esse trabalho oferece a oportunidade de identificarmos conscientemente o que ocorre no sistema familiar e resolver conflitos a partir da escolha interna de cada um.

Seu método é utilizado para auxiliar em conflitos familiares (pais, filhos, irmãos, tios, avós), conflitos entre casais, dificuldade em lidar com perdas de parentes, pessoas queridas ou parceiros, dificuldade em relacionar-se de uma forma geral, dificuldade em comunicar-se, problemas de saúde, conflitos entre sócios, funcionários e clientes, problemas financeiros, por exemplo.

Através da Constelação Familiar pode-se trazer à luz a dinâmica escondida no Sistema Familiar e desenvolver a força interior da família. A capacidade de entender seu próprio comportamento fica ampliada, sendo possível, a reconciliação consigo mesmo e com os outros

membros do Sistema, através da reorganização das Ordens do amor que passam a ser respeitadas, sendo elas: Pertencimento, Hierarquia e Equilibiro. É uma forma eficaz de resolver emaranhamentos antigos e liberar toda a energia para se viver uma vida mais saudável, natural

e espontânea, libertando dessa forma as gerações passadas e futuras da família.

Santo Agostinho, quando falava dos três momentos interiores através dos quais se dava o tempo: expectação, atenção e memória. Com genialidade, o filósofo cristão já intuía a síntese do tempo no fenômeno da temporalidade. O tempo que se dá no espírito humano é unificado e não compartimentado entre passado, presente e futuro. Os três momentos ou manifestações do tempo acontecem na vida do espírito por meio da dinâmica existencial, ele foi capaz de perceber e de tematizar o problema da unidade do ser do homem. Para ele, evidentemente, como filósofo cristão, tal unidade encontrava-se no encontro com Deus. Mas o que importa salientar aqui é o insight que permeia a questão: o homem se vê um ser dividido, ambíguo, ambivalente e anseia por alcançar sua unificação. E dessa forma é necessário resgatar essas memórias ao longo dos tempos, para que alcance essa purificação.

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha um representante, de preferência que não conheça no grupo sua história, alguns para representar membros do grupo familiar. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar o que ocorre no campo, o que acontece nas relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os

representantes até uma imagem de solução, onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

“A constelação sistêmica pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente com utilização de bonecos ou figuras. A terapia se dá através da reunião do terapeuta, do cliente e de um grupo de pessoas que são convidadas a representar membros da família do cliente. A sessão tem início quando o cliente manifesta a questão que quer trabalhar e escolhe representantes para seus familiares. Neste momento, abre-se a permissão energética, e pode-se ver neste "campo", o desenrolar da verdade e trazer à luz aquilo que está atuando no

sistema familiar.

Este método não tem cunho religioso e sim fenomenológico. Podemos comparar a um efeito de milhares de ondas de rádio que cruzam o espaço sem que possamos acessá-las. Com isso imagina-se como um aparelho de rádio, que é ligado a uma determinada estação (frequência) e apenas por conta disso passamos a ouvir imediatamente a sua programação.

No caso das constelações familiares, o membro da família é o responsável por "autorizar" que a frequência de sua família seja sintonizada e possa ser captada no ambiente por representantes, a partir da sensibilidade corporal dos mesmos, situações essas que ocorrem sem qualquer manipulação, e, assim, sendo possível perceber os emaranhados com clareza e dar início à sua dissolução.

 

 

ALUNA: MÔNICA SANTOS

 

As Ordens Sistêmicas

 

“A autoridade que devemos seguir está dentro da nossa alma.” Com essa afirmação Bert Hellinger nos direciona para um importante despertar na nossa vida – as ordens sistêmicas que atuam nas nossas relações, e que, muitas vezes, seguimos sem consciência, sem conexão, apenas seguiram, apenas sobrevivemos.

A grande descoberta de Hellinger foi justamente essas ordens sistêmicas, que fazem fluir o amor nas famílias. Muitas coisas nos impedem de olhar para elas. Além da própria desconexão, as muitas crenças preconcebidas nos desviam dessa luz.

Conscientemente, as pessoas querem que o amor floresça nas suas relações e sabem que para isso acontecer devem fazer o que ele exige (respeitar, perdoar, tolerar, ajudar) e evitar o que o prejudica (mentir, enganar, tirar proveito, agredir, impor), mas inconscientemente, o Amor segue as ordens ocultas da Grande Alma, como descobriu Bert Hellinger. É por isso que, apenas querer o amor, não é suficiente. Muitas vezes as atitudes, assim como as escolhas,

são contrárias a ele.

O trabalho de Bert Hellinger é estabelecer a cura dessas relações através do reestabelecimento das ordens do amor.

Somos tão influenciados pelas Ordens do Amor quanto uma árvore é influenciada pelo seu ambiente.

Não acredito que seja à toa a imagem da árvore genealógica. No crescer vertical, com os galhos bem distribuídos da árvore, existe o movimento e o fluxo de equilibrar-se entre a força gravitacional e a atração do sol – quando o externo impossibilita esse equilíbrio, como falta de

estabilidade da terra, ventos muito fortes, falta de agua, solo, etc. A árvore compensa com suas torções, crescimento, forma, etc. em busca de equilíbrio orgânico. Dessa forma, não existe melhor ou pior, mas diferente.

As ordens do Amor são forças dinâmicas, articuladas e invisíveis que agem e influenciam nossas relações. Como não conseguimos enxergá-las, sentimos seus efeitos e atrás deles – forma, sintomas, torções, doenças, paz, turbulência, sofrimentos, bem estar – podemos identificar a ordem ou a desordem.

O conhecimento e a tomada de consciência dessas ordens sistêmicas ajudam pessoas na capacitação e solução das dinâmicas sistêmicas, assim como contribui para um novo direcionamento para a construção de novos ambientes psicológicos.

O instrumento criado por Hellinger para acessar e redirecionar essas ordens invisíveis foi a Constelação familiar.

“Penetrar as Ordens do Amor é sabedoria. Segui-las é humildade.” Bert Hellinger

A primeira ordem do Amor é a pertinência. É ela que nos liga uns aos outros no grupo e é por ela que se excluem os que são diferentes e nega-lhes o direito de participação. Todos têm direito de pertencer e a exclusão é uma desordem do Amor.

A segunda ordem do Amor é o equilíbrio - o dar e receber nas relações são regulados pela necessidade de equilíbrio, não que ele exista a todo momento, mas a sua busca é constante. O amor é que governa o equilíbrio. Se um recebe sem dar, o outro perde o desejo de dar mais. O

amor limita o dar segundo a capacidade que o outro pode ou quer retribuir.

A Terceira ordem do Amor é a ordem ou hierarquia. Entende-se ordem como um conjunto de regras e convenções sociais que regem a vida comunitária de um grupo social. A ordem marca os limites da integração: os que aceitam pertencem ao grupo. A ordem governa o comportamento e dá forma aos papéis que desempenhamos no grupo. Exemplos: Quem

chegou primeiro tem prioridade – a ordem segue os ponteiros do relógio. O homem vem primeiro que a mulher. O filho mais velho ao lado da mãe, à esquerda. Filhos de divórcio ficam no meio dos pais. O sistema novo tem prioridade sobre o anterior. O filho do casamento

anterior tem precedência sobre o casamento atual (esposa e novos filhos). Dessa forma, a organização nos grupos familiares possibilita o fluir do amor nos relacionamentos. Essa organização inclui: 1) o vínculo (pertinência); 2) o equilíbrio entre o dar

e receber (equilíbrio) e 3) a ordem (ordem de precedência, procedência).

Extraído do livro: A simetria oculta do Amor de Bert Hellinger

 

 

ALUNA: MÔNICA SANTOS

 

FENOMENOLOGIA E CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS

 

Fenomenologia é uma postura, uma visão de mundo do aqui e agora, do relativo, complexo e transitório.

Trata-se de compreender a verdade como um fenômeno mutável, transitório e relativo.

Paradigma totalmente contrário ao que vivemos e a mente que temos –linear e simplista.

De fato, nossa mente foi treinada para generalizar – e desconsiderar a nossa mente que mente é um ato difícil que exige muito treino para desaprender.

Ao contrário para mente que quer generalizar, o paradigma fenomenológico quer reduzir para encontrar a verdade. Esta, por sua vez, só é encontrada longe de aparências e de ilusões.

Renunciar o saber, a curiosidade, as ambições para encontrar a verdade são outros exercícios difíceis que também exigem muito treino.

Um dos melhores treinamentos é a meditação, o centramento. De fato, depois da noite escura (alma) vem a claridade (consciência).

Quando estamos centrados e entregues a noite escura na nossa alma, conseguimos mais facilmente contemplar o fato sem julgar e focar na essência e no fato daquele momento.

Esse olhar fenomenológico é o olhar da Constelação Sistêmica que enxerga sistemas vivos complexos, relativos e transitórios, assim como cada indivíduo e suas relações.

 

 

ALUNA: CLÁUDIA VIOTTI CAMPOS

 

As Ordens Sistêmicas

 

Um sistema é um conjunto de elementos interconectados de modo a formar um todo organizado. Vindo do grego, o termo “sistema” significa “combinar”, “ajustar”, formar um conjunto.

A constelação sistêmica é uma abordagem terapêutica onde acontecem fenômenos no campo e tem como enfoque dificuldades, bloqueios, padrões comportamentais que trazem sofrimento e que são desenvolvidos pelas pessoas ao longo do tempo (emaranhamentos). O sistema familiar é muito forte em função dos vínculos profundos e estes são regidos pela consciência grupal, ou seja, uma consciência muito mais ampla do que a consciência individual. O trabalho das constelações possibilita que o sujeito tenha uma percepção de seus emaranhamentos sistêmicos que normalmente envolvem aspectos ou fatos da vida familiar ou da história da família, fatos estes que causaram desordem, impactos e desequilíbrios.

Estou dando uma breve introdução para falar sobre as ordens ou forças sistêmicas que atuam nos sistemas. São elas: a pertinência, o equilíbrio e a hierarquia.

 

Vou explicar cada uma delas de modo sucinto:

 

Pertinência é uma lei que tem uma relação direta com a exclusão de qualquer membro do sistema familiar e em qualquer época. Esta exclusão pode vir afetar os outros membros porque todos têm o direito de pertencer; se alguém não pertence, essa exclusão causa sofrimento e

emaranhamento. É preciso, então, que haja uma reintegração deste membro para que o fluxo amoroso do sistema possa seguir.

A hierarquia é uma outra força sistêmica, onde se pode ressaltar que o todo é mais importante do que a soma das partes. Isso quer dizer que cada um tem o seu lugar, sendo que sempre os mais “velhos” vêm primeiro e depois os mais novos. É preciso que esta ordem seja respeitada, pois esta lei pode causar muita confusão e gerar grande sofrimento trazendo, mais uma vez, o desequilíbrio.

A terceira ordem sistêmica é o equilíbrio; aqui há uma necessidade de compensação, ou seja, de ganhos e perdas, dar e receber. Atua como as outras forças, consciente ou inconscientemente. Esta lei é quase matemática, porque envolve a troca, e isto é em qualquer relação: amorosa, financeira, profissional. O equilíbrio saudável é aquele onde recebo e dou algo também, nem sempre na mesma medida, mas com uma certa harmonia para que não caia no desequilíbrio. Deve haver uma aceitação de ambas as partes para que seja bom para os dois ou mais pessoas. Ou seja, todos precisam se sentir confortáveis, porque a tendência é surgir sentimentos de raiva, culpa e injustiça.

Acho muito legal pensar nestas três leis da Ordem Sistêmica relacionando à fisiologia do corpo humano, pois nossos órgãos formam, juntos, um sistema. E essas três Ordens regem também o organismo, que é nosso corpo total. Elas agem sobre o que chamamos de doenças. Há os

desequilíbrios metabólicos e vários outros acontecimentos que podem afetar no nosso dia a dia, pensando no corpo como sistema.

 

 

ALUNA: MARA CÉLIA ROSSIN GRILI DANIEL

 

Ordens do Amor

 

Conhecer as “ordens do amor” é uma meta essencial para evitarmos muitas crises e enfermidades que vivemos em virtude do desconhecimento das leis naturais que regem os nossos sistemas familiares e sociais.

Segundo Bert Hellinger, quando essas Ordens são desrespeitadas dentro de uma família, uma nova forma de comportamento das pessoas é percebida e se repete em gerações seguintes como um padrão, denominando este fenômeno de “emaranhamento”. Esses padrões podem ser entendidos como doenças, tragédias, brigas, miséria, ou seja, esses padrões acontecem

por ter um fluxo de energia alterado desestabilizando a união da família.

Para Hellinger, podemos nos livrar de emaranhamentos se seguirmos as leis que mantêm o equilíbrio do sistema.

Essas leis são:

A Lei da Hierarquia consiste em respeitar o lugar do outro pela ordem de nascimento no seio familiar e nunca excluir os natimortos e abortados, estes que deverão ser lembrados com respeito e assegurados seu lugar na família. A hierarquia não deverá ser mantida somente na

família de origem. Podemos citar que em um relacionamento também é preciso respeitar a ordem dos acontecimentos. Se um casal tem um relacionamento com filhos e estes resolvem se separar e constituem outra família e não respeitam a primeira família, estes são fortes

candidatos a se emaranharem. A Lei da hierarquia defende que tendo a aceitação respeitosa

pela ordem das pessoas nas famílias onde cada uma ocupa o seu papel de direito, cuida de si mesmo, sem interferir no destino do outro contribui para a harmonia da família, diz Hellinger.

Dessa forma é possível que o indivíduo possa ter a sensação de liberdade com os novos parceiros e também deixar seus filhos longe de emaranhamentos com antigos parceiros e com os casamentos anteriores.

A Lei da Hierarquia deve prevalecer também nas instituições organizacionais, sendo a substituição de um membro da empresa por outro recém chegado onde este deverá de forma respeitosa olhar para os funcionários mais velhos mesmo que sua chegada seja sentida de

forma negativa, mas nunca se sentir menos em relação aos membros antigos da empresa.

A Lei da Pertinência consiste em incluir todos os membros na família. Todos têm o direito de pertencer igualmente como membro.

A exclusão, seja por qual motivo, um louco, suicida, prostituta, drogado, doente mental, uma moça que engravidou e não foi aceita pela família, e outros, trazem sempre consequências graves.

Segundo a Lei de pertinência, uma criança que nasce na mesma família, uma ou duas gerações após poderá inconscientemente assumir características do excluído, tentando reequilibrar o sistema familiar.

A Lei do Equilíbrio defende a ideia de estabelecer uma relação saudável entre as pessoas em um círculo de trocas positivas. Naturalmente, numa relação entre casais onde um se doa, ou sente desfavorecido perante o parceiro em relação às trocas essenciais de uma relação, inicia-se uma desarmonia e é preciso que se restabeleça a relação com trocas equivalentes ado outro para que se tenha um equilíbrio.

As crianças são leais ao destino de seus pais, não se permitindo serem melhores que eles, assim vão repetindo padrões por Lealdade Sistêmica.

Um exemplo dessa lealdade é a capacidade que o filho tem de prosperar em sua vida e por lealdade aos pais pobres, não se permite a prosperidade, pois os pais não a tiveram de forma bem sucedida.

 

 

ALUNA: ÉRICA APARECIDA DELFANTE

 

As Ordens Sistêmicas

 

São consideradas Ordens Sistêmicas:

· Lei da Pertinência;

· Lei do Equilíbrio;

· Lei da Hierarquia.

 

Bert Hellinger, em seu trabalho com Constelações Sistêmicas, observou algumas forças ocultas que atuam em nossa vida. Ele as nomeou de leis sistêmicas.

Lei da Pertinência: todos têm os direitos de pertencer dentro de um sistema familiar, cada membro da família pertence igualmente. Esta Lei não permite que qualquer membro familiar seja esquecido, expulso sem exigir uma compensação. O ato de excluir ou esquecer um membro da família, o sistema familiar entra em desarmonia, trazendo consequências muito graves seja qual for o motivo da exclusão. Sendo assim, um descendente que mais tarde nascerá e que nada sabe ou nem mesmo participou do fato, irá repetir o destino do excluído ou agirá da mesma forma igual, sem saber. Os casos mais comuns de pessoas emaranhadas com a lei da pertinência são: os abortos provocados e espontâneos, filhos ocultos e dados, assassinos e assassinados, suicidas, homossexuais, ladrões, prostitutas, deficientes físicos, filhos ilegítimos, dentre outros onde são esquecidos e ou escondidos das pessoas de uma forma vergonhosa.

Assim sendo devemos respeitar o destino certo de cada um.

Lei do Equilíbrio: é o dar o receber, o lucro a perda. Uma compensação adequada para o que foi dado e recebido. O NÃO é tão importante quanto o SIM . O fato da consequência: se eu der dez espinhos dentro de uma relação eu vou receber vários outros dez espinhos, ou seja, irei destruir essa relação, ou então se dou amor ao meu marido, é certo que

ele me dê também. Dando-se algo, espero receber algo de volta, seja positivo ou negativo, assim essa troca equilibra as relações.

Lei da Hierarquia: trata da ordem existente no sistema, quem vem antes é o primeiro. Sendoa ordem: pai, mãe e filhos.

Essa consciência não admite a interferência dos filhos (“os pequeno”) nos assuntos dos pais (“os grandes”), sob pena de os primeiros se sentirem (sem perceber) tentados a expiar certas interferências através do fracasso, da doença e dos destinos difíceis. Nos relacionamentos de casais quando acontecem separações conjugais também existe essa ordem na lei da hierarquia: primeiro, segundo... esposo e ou esposa, primeira, segunda... família e assim por diante seguindo e respeitando sempre a ordem.

A hierarquia também deve ser respeitas nas organizações empresariais.

A violação dessa ordem causará sérios emaranhamentos no sistema familiar e organizacional.

A precedência, a prevalência e a procedência são as forças das ordens. A hierarquia está a serviço da paz.

Fica, então, muito claro que alguém agindo sempre de boa consciência, frequentemente por amor, infringe as regras da consciência de grupo, chamadas por Hellinger de Consciência Arcaica ou também de Alma

(não no sentindo religioso) “aquilo que empresta movimenta algo”. Ao pratica-los sobrevêm então os efeitos desastrosos, seja para si ou para seus descentes. Bert Hellinger denominou esses princípios de

“Ordens do Amor”, pois essa ordem atua através do amor profundo entre descendentes e antepassados.

De forma geral, quando essas ordens são quebradas, acontecem emaranhamentos e o fluxo do amor é interrompido em cada sistema.

Ordem e Amor

O amor preenche o que a ordem abarca.

O amor é a água, a ordem é o jarro.

A ordem ajunta,

o amor flui.

Ordem e amor atuam juntos.

Como uma linda canção obedece às harmonias,

assim o amor obedece à ordem.

Assim como o ouvido dificilmente se acostuma

às dissonâncias, mesmo quando são explicadas,

assim também nossa alma dificilmente se acostuma

ao amor sem ordem.

Muita gente trata essa ordem

como se ela fosse uma opinião

que se pode ter ou mudar à vontade.

Contudo, ela nos preexiste.

Ela atua, mesmo que não a entendamos.

Não é inventada, mas encontrada.

É por seus efeitos que a descobrimos,

Como descobrimos o sentido e a alma.

(Poema : Palestra proferida por Bert Hellinger, em São Paulo, Agosto de 1999 em original manuscrito)

 

 

ALUNO: TALES ROSSI

 

Tipos básicos de envolvimentos sistêmicos

 

Todos nós temos uma consciência pessoal, a qual percebemos como “leve” ou “pesada”. Sentimos essa consciência avaliar nossos atos. Muitos julgam inclusive ser essa consciência o juiz do “certo” e do “errado”, “bom e mau”, através dessa diferenciação reconhece o pertencer só de alguns e exclui outros.

Nossa consciência pessoal nada tem a ver diretamente com o certo ou o errado. Ela se guia por outros princípios, que podem ou não estar ligados ao que é denominado de moralmente“certo” ou “errado”.

Através da percepção desses princípios, Hellinger nos mostrou que existe muito mais sobre a natureza de nossos relacionamentos, lingando-se esses relacionamentos pessoais ao que acontece na família e também aos demais grupos aos quais cada ser humano está ligado.

Observando a forma como cada um se sentia, muitas vezes inocente, (ou de consciência“leve”) mesmo cometendo atos agressivos, violentos e que prejudicavam a si e a outros, ele percebeu comportamentos que pareciam estar ligados à três princípios.

Segundo Hellinger parece que a consciência pessoal se liga a três princípios:

• Um princípio vinculador, que estabelece o pertencimento ao grupo;

• Um princípio de equilíbrio nas trocas, entre o dar e o receber;

• Um princípio de ordem ou hierarquia dentro do grupo.

Nos sistemas familiares, quando alguém faz algo que ameaça seu pertencimento ao grupo sente imediatamente a consciência “pesada”. Por exemplo, se alguém se depara com o fato de estar saudável, mas todos os membros de seu grupo familiar estiverem muito doentes, vai se

sentir “culpado”. Ou um membro de uma família de criminosos, sente-se “culpado” se não comete ele também algum delito. Estranho? Especialmente estranho, porque nesses casos, essas pessoas se sentiriam “inocentes” – ou de consciência leve – fazendo coisas que no primeiro caso (adoecer junto com os demais membros da família) seria uma coisa “ruim” e no segundo (não cometer nenhum delito) seria uma coisa “boa”. Seguindo os dois princípios seguintes, podemos perceber que quando recebemos algo bom, sentimos uma pressão interna para retribuir, o que é na verdade uma forma de consciência pesada, percebida como dívida. No caso da ordem, se temos que agir de forma a repreender alguém que está acima de nós na hierarquia, percebemos isso como algo que nos deixa “de saia justa” – por outro lado, se o fazemos com um subordinado, isso não nos pesa tanto.

Mas Hellinger ainda percebeu outro fato surpreendente e que na maior parte do tempo nos escapa da percepção. Ele percebeu a existência de uma consciência grupal comum que atua tendo em seu campo de visão a família e o grupo como um todo, está a serviço da totalidade desse grupo e das ordens que asseguram a sua sobrevivência da melhor forma possível.

Esse grupo é guiado por essa consciência de forma que só podemos perceber a existência dela através de seus efeitos. Nós não a percebemos como “leve” ou “pesada” da mesma forma como percebemos a consciência pessoal. Essa consciência grupal também se guia pelos

mesmos princípios anteriormente citados, mas de forma diferente.

Por exemplo:

• Em relação ao vínculo, a consciência grupal não permite que qualquer membro do grupo seja esquecido, expulso ou excluído sem exigir uma compensação. Caso ocorra, frequentemente ela vai exigir que um descendente que vem mais tarde repita o destino do excluído ou aja de

forma similar a ele (sem o saber).

• Em relação ao equilíbrio, essa consciência exige uma compensação adequada para o que foi dado e recebido. Se alguém recebe demais e não equilibra isso, então um descendente tem a propensão de fazê-lo em seu lugar.

• Em relação à ordem, essa consciência não admite a interferência dos pequenos nos assuntos dos maiores, sob pena de os primeiros se sentirem (sem perceber) tentados a expiar sua interferência através do fracasso, da doença e de destinos difíceis.

Fica, então, muitas vezes claro que alguém, agindo de “boa consciência”, frequentemente por amor, infringe as regras da consciência de grupo, chamada por Hellinger de consciência arcaica. Ao fazê-lo podem aparecer os efeitos desastrosos, seja para si, ou mais

frequentemente para seus descendentes. Hellinger denominou esses princípios de “Ordens do Amor”. Pois eles atuam através do amor profundo entre descendentes e antepassados.

Suas percepções abriram também as portas para aquilo que, muitas vezes, permite a solução entre tais desordens, através de um amor mais amplo, consciente, que ultrapassa os limites restritos da consciência pessoal.

É nesse âmbito que se desenvolvem as constelações familiares, buscando restaurar a harmonia entre as ordens do amor dentro de cada grupo familiar. Isso torna compreensível o comportamento de cada membro familiar.

 

 

ALUNA: MARIANA MEI FERREIRA

 

AS ORDENS SISTÊMICAS

 

A família como um sistema tem por si só uma ordem hierárquica. O respeito por essa ordenação dá-se início com a inclusão/pertencimento de si próprio dentro do sistema familiar.

O pertencimento denomina a real inserção de si dentro dessa ordem e não fazê-lo gera inúmeros sofrimentos e ações equivocadas na própria vida e no sistema como um todo.

O equilíbrio entre pertencer e ordenação hierárquica acontece à medida que o individuo inicia tomadas de consciências, sejam elas, pessoal ou coletiva.

Consciências do real poder do amor, da compaixão/ajuda, do respeito, da não intromissão, do DAR e RECEBER, movimentando algo maior que o sistema familiar já é possuidor.

Movimentos do amor espiritual, da essência, da pureza que há dentro de cada ser e que nos mostra que somos iguais, equivalentes, levando-nos ao foco na vida e paz.

Há uma união entre o sistema familiar com o núcleo espiritual gerado por movimentos universais que Hellinger denomina Alma Maior, onde a conexão desses SISTEMAS MAIORES contribuirá para a saúde do corpo e da alma, recuperando assim todas as relações humanas.

Nesse sentido é que podemos considerar as grandes contribuições da Constelação Sistêmica Familiar e Organizacional.

 

 

ALUNA: RUBIA DE OLIVEIRA BASQUES

 

As Ordens Sistêmicas

 

Sou espírita. Aprendi que há leis que regem o Universo, o ser humano e a natureza em geral.

Aprendi sobre a lei da “ação e reação”, “plantando que se colhe” enfim, uma série de outras leis que me ajudaram a entender várias situações da vida e do dia a dia.

Em família temos o hábito de ler o evangelho no lar. E sempre que pedia para meu marido comentar o texto ele dizia: “Acho que tem muito mais coisa do que isso”. E parava por aí. Eu não me conformava porque aparentemente ele parecia estar curioso para algo mais, mas...

Sempre ficou ali naquela frase. Mas eu sempre levei a frase comigo. Até o dia em que conheci a constelação.

Para mim a sensação é visual. É como se as relações (boas e más, corretas e não corretas)

entre os seres ficassem registradas de alguma forma no Universo (campos morfogenéticos) tanto atos como pensamentos e sentimentos. Depois que conheci a constelação começo a dar mais atenção aos meus pensamentos, pois verifico que em algum lugar eles ficam registrados.

Muito embora no espiritismo aprendêssemos que os espíritos ouvem aquilo que pensamos e desta forma fazemos a sintonia com os desencarnados (elevados e espíritos tão teimosos ou endurecidos quanto nós mesmos).

Os campos morfogenéticos são estruturas invisíveis que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material. Rupert Sheldrake , A imagem que me vem deste Universo é como se fosse um tapete tecido à mão. Há os fios, as tramas, os pontos e os emaranhamentos (ou seja, aqueles nós que damos entre fios que nos prendem a determinadas situações ou pessoas estejam elas encarnadas ou não).

Quando se dá a constelação sistêmica para mim fica como se este tapete – universo fosse sacudido e os nós (emaranhamentos) ficassem endireitados/libertos/frouxos entre si. Como se a energia estagnada ali fluísse finalmente e a trama do tapete ficasse em ordem e aquele nó, finalmente começasse a ser destaque naquele tapete numa certa harmonia. Desta forma aquele que está na ponta do tapete pode admirar sua trajetória e dar continuidade a sua própria vida e quem sabe aumentar aquele tapete.

As Ordens do Amor são um conjunto de “leis” que regem a estrutura familiar, como uma força invisível que tem como função manter o equilíbrio do sistema. Hellinger observou que quando estas Ordens eram desrespeitadas dentro de uma família, uma nova forma de comportamento

das pessoas era percebida e se repetia nas gerações seguintes, independente de que tivessem consciência. A este fenômeno ele deu o nome de “emaranhamento”, o que denunciava dentro daquela família, padrões alterados deste fluxo de energia, tais como: doenças, brigas, perdas, tragédias, ou seja, uma interrupção do fluxo de energia que manteria a família unida em harmonia.

Dr. Renato Shaan Bertate, médico e facilitador sistêmico.

Na constelação sistêmica aprendemos que há 3 leis: da pertinência, do equilíbrio e da ordem ou hierarquia. Hoje, depois de assistir algumas constelações e de estar lendo o terceiro livro sobre o tema, acredito que, quando aprendermos exatamente o significado de cada uma destas leis, e talvez vivermos em acordo com cada uma delas, estaremos criando menos emaranhamentos em nossas próprias vidas.

Lei da pertinência:

Acredito que a ignorância, o orgulho e o egoísmo têm sido os responsáveis por termos deixado ao longo da história da humanidade: pessoas de lado – tornando-os excluídos e marginalizados.

• Todos têm o direito de pertencer. Quando há exclusões, há desequilíbrio. Esta lei foi vivenciada na minha família, quando eu e meu irmão fomos retirados de minha mãe e nunca mais se falou nada sobre ela. Apenas quando eu estava com 18 anos de idade e meu irmão com 20 reencontramo-la. Mais por iniciativa dela do que nossa. Por algum motivo, que ainda desconheço não fomos procurá-la e ainda hoje não somos felizes ao lado dela. O relacionamento é bem difícil para todos nós 3.

• Dinâmicas mais comuns:

• Eu sigo você no seu destino (que mostra a fealdade à pessoa excluída).

• Pessoa que olha para fora

• Morte ou esquecimento precoce

• Identificação com a morte

Olhando para minha família de origem confesso que tive medo de ficar solteirona. Fui criada por minhas duas tias solteiras. Minha avó ficou viúva com 6 filhos e tinha orgulho de dizer que foi paquerada, recusou um novo marido, mas orgulhava-se de ter criado os filhos sozinha e

ainda adotou outro filho (repleto de problemas). Não tive um referencial masculino em minha casa, mas hoje percebo que segui o destino do meu pai: Ele casou-se duas vezes com a mesma mulher. E eu casei-me 20 anos depois, com meu primeiro namorado. Essa descoberta

foi um choque para mim. Quando essas forças não são respeitadas, cria-se o emaranhamento. E as gerações futuras pagam por essa nova dinâmica com sensações de sofrimento, infelicidade, doenças, suicídios, etc. O sistema (ou parte dele) passa a viver as consequências disso. As gerações futuras vivem ou passam a reproduzir. (texto em sala de aula)

Força do Equilíbrio

• Respeito pelos pais – receber – tomar dos pais

• Adoção

• Injustiças

Sempre tive a sensação de que meu pai era melhor do que minha mãe: Ele estudou, era inteligente. Ganhou na loteria. Comprou dois imóveis. Mas tinha um temperamento difícil. Já minha mãe não estudou, tem uma letra horrível, fala o português errado, é simples. Mas é esperta, lutou e conseguiu tudo o que tem material, sozinha: carro, duas casas. Tem

temperamento muito difícil. Não é afetiva. É viúva. Hoje reconheço que ambos tiveram vida afetiva infeliz.

Já agradeci minha mãe pelo útero, por ela ter me trazido ao mundo. Ela arregalou os olhos quando fiz isso, mas mesmo assim nosso relacionamento até hoje não é de mãe para filha.

Sinto que não nos aceitamos uma a outra. Que nossas expectativas eram bem diferentes do que temos como mãe e filha. Hoje para conviver com ela procuro aceitar aquilo que ela dá.

Sem pedir mais nada. Não é bom, mas é o que tenho.

Força da ordem ou hierarquia

• Prevalência, • Precedência, • Procedência

• Casamento que vem primeiro

Esta lei me ensinou as dores que sofri por desrespeitá-la. Ao chegar em Ribeirão Preto. Fui participar de várias atividades como voluntária. Certo dia, percebi que incomodava algumas pessoas e chegava a causar ciúmes. Foi quando me dei conta desta lei. Eu a havia

desrespeitado! Voluntariei-me tanto que incomodei alguma energia ali existente deste sempre, e que aproveitei alguma brecha existente (provavelmente algum ponto solto no tapete) e me destaquei. Eu não pedi licença, fui ocupando o espaço. Fui voluntariosa. E.... incomodei a algumas pessoas mais do que gostaria.

Outro rico aprendizado foi sobre aprender a respeitar o primeiro casamento do meu marido.

Depois de um tempo morando juntos reconheço que ela tem um papel importante na vida dele.

Mesmo antes de conhecer as leis do amor eu já percebia que ela foi fundamental na vida dele.

 

 

ALUNA: SUSANA KOMESU

 

A três leis sistêmicas

 

De acordo com Bert Hellinger, para que seja possível vivermos de maneira harmoniosa, é necessária a observância às três leis sistêmicas: a da hierarquia, a da pertinência e a do equilíbrio. Quando o desrespeito a uma ou mais dessas leis ocorre, há sofrimento inexorável - aquilo a que a constelação sistêmica nomeou “emaranhamento”.

A lei da hierarquia rege o direito a que todos os membros da família têm de ocuparem seus devidos lugares. Para que haja o bom relacionamento familiar, é preciso que cada membro ocupe seu lugar na hierarquia. Se a ordem, dita natural, for rompida, o emaranhamento tem início e pode causar sofrimento não só à família onde isso ocorreu inicialmente, mas, também, aos descendentes dela. A confusão de papéis na família pode ter início na família de origem dos pais e depois alastrar-se para os filhos e seus descendentes e assim sucessivamente.

Para que a harmonia se restabeleça faz-se imperativo que os pais sejam os “grandes” e os filhos sejam os “pequenos”. A ordem diz que aquele que vêm antes, vem primeiro. Assim temos: pai, mãe e filhos. No caso de famílias mistas, o primeiro cônjuge vem primeiro, assim

como seus filhos. Entretanto, num segundo casamento (com ou sem filhos), a prioridade é a do relacionamento atual. Além dos filhos do primeiro casamento, é necessário que se respeite o lugar daqueles que foram abortados ou nascidos em segredo ou mesmo aqueles já mortos. Em

famílias onde os filhos assumem o papel dos pais, dando ordens, tomando decisões, colocando-se acima de sua autoridade, reivindicando mimos, passando por cima dos pais, há possivelmente uma situação de sofrimento que advém do emaranhamento sistêmico pela desobediência à lei/força da hierarquia. Os filhos sempre têm que ser menores em relação aos pais, independentemente de sua idade. Somente quando os filhos “tomam” os pais, aceitando e agradecendo sem atitudes presunçosas ou desrespeitosas em relação àqueles que lhes deram a vida, é que as relações podem se desenrolar saudavelmente.

A segunda lei sistêmica rege a troca equilibrada em um relacionamento. Quando um dos parceiros dá mais do que recebe, há o desequilíbrio e a busca pela compensação causa sofrimento. Essa busca pela igualdade entre o dar e o tomar gera conflitos como traição, abuso emocional ou físico, etc. Numa relação comercial saudável, a situação ideal é a de “win-“win” onde ambas as partes saem ganhando. Caso contrário, há uma parte que sai em desvantagem e causa um desequilíbrio na balança de trocas gerando situações de conflito que podem incluir dívidas, perda de contratos, perda de confiança entre as partes, etc.

Os filhos que estão emaranhados, por amor ou lealdade identificam-se com aqueles que receberam menos e podem mergulhar em dívidas (que têm que pagar porque houve abuso no “tomar” da família de origem). Se o abuso foi sofrido pela família de origem, pode haver filhos que identificam-se com o sentimento de vingança com relação ao abusador, por exemplo, revoltando-se, brigando, assassinando ou abusando moral ou sexualmente de outrem.

A terceira lei é aquela que diz respeito ao direito que todos têm de pertencer à família.

Quando esse direito é negado, o membro é excluído do grupo e isso causa sofrimento. Os emaranhamentos sistêmicos na família de origem podem enredar os filhos e fazer com que estes, numa tentativa de incluir aqueles esquecidos, abortados, marginalizados, identifiquem-se com eles e repitam padrões de comportamento, mesmo que inconscientemente. Novamente, por amor ou lealdade (ou fealdade), eles repetem o padrão

que pode levá-los à morte precoce, à senilidade, ao esquecimento, solidão, depressão, rejeição a filhos fora do casamento, morte por assassinato em que o filho é arrancado (excluído) da família, etc. A pobreza e o fracasso (amoroso ou profissional) pode ser consequência da desobediência a essa lei. Um filho (ou esposa) pode (por lealdade ou amor) escolher a miséria (ainda que inconscientemente) por medo de ultrapassar ou ser melhor que sua família de origem (no caso da esposa, de ser mais próspera do que o marido) e, causar sua própria exclusão do grupo por ser diferente. Ainda que nesse caso o diferente seja bom e rico.

A constelação sistêmica possibilita a dissolução desses emaranhamentos e a quebra de padrões de comportamento e autoriza o indivíduo a “fazer diferente” de sua família de origem.

 

 

ALUNA: ANA PAULA DAVID

 

LEIS DO AMOR

 

“ Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso apenas amar bastante e tudo ficará bem. (...) para que o amor dê certo, é preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele. É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem

oculta do amor.” Bert Hellinger Hellinger descobriu, ao longo de seu trabalho, uma série de leis ocultas que atuam sobre as pessoas, famílias e grupos. Essas leis, que chamou de leis do amor, são forças dinâmicas e articuladas que atuam sobre nossas vidas sem que o percebamos. Quando ignoradas, causam grandes desordens, conflitos, doenças e dores. Em contrapartida, quando respeitadas percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.

A primeira lei se refere à pertinência: Todos têm o igual direito de pertencer.

A segunda lei se refere ao equilíbrio entre dar e receber.

A terceira lei diz que há uma hierarquia de tempo: os mais antigos vêm primeiro e os mais novos vêm depois.

Para Bert, todo grupo funciona como um organismo vivo que se autorregula para permitir que sobreviva ao longo do tempo. E foi trabalhando e observando questões simples e essenciais do relacionamento familiar, que tocavam de forma sutil a alma da família, como a dor, a vida, a morte, o amor e as separações e seus resultados que ele formulou as leis ou ordens do amor,

utilizando, para tal, o método fenomenológico.

 

1° Lei: TODOS TÊM O IGUAL DIREITO DE PERTENCER.

Essa lei diz que não importa o que uma pessoa faça de “condenável”, “pecaminoso”,“reprovável” ou “errado” ela continua tendo o direito de pertencer ao sistema familiar.

Suas atitudes não o isentam de repreensões, de restrições, de punições legais e podem até diminuir sua confiabilidade e proximidade, mas isso não tira seu direito de pertencer ao sistema familiar.

Quando algum membro da família é excluído acaba por se criar um efeito colateral onde os mesmos comportamentos reprováveis acabam por reaparecer em alguns membros das gerações seguintes (filhos, netos ou bisnetos) ou como um problema entre irmãos ou casal.

Essa lei também é válida para filhos que não foram reconhecidos e pessoas que foram prejudicadas em favor de alguém da família. Por exemplo, em separações onde a felicidade de alguém foi fruto da infelicidade de outro.

Quando esses membros da família são reconhecidos, pode haver a reconciliação pacífica entre todos, mas isso requer grande coragem, pois exige que os membros da família superem seus julgamentos morais em favor da reinclusão daquele membro excluído e que se dê um lugar a

ele em seus corações.

Assim todos podem sentir a paz que foi interrompida pelos acontecimentos dolorosos do passado, e para o membro que carregava a sensação de não ser aceito acaba e a felicidade se torna possível.

 

2° Lei: O EQUILÍBRIO ENTRE O DAR E RECEBER

Bert percebeu que nas famílias existe uma ordem natural do dar e receber entre pais e filhos e nos casais.

A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. Os pais dão e os filhos recebem. Os pais dão a vida e os filhos a tomam. Os pais dão amor e os filhos o tomam em seu coração.

Aqui dá se um grande aprendizado: os filhos precisam dos pais, mas os pais não precisam dos filhos.

Quando essa ordem é invertida os problemas começam. Muitos pais, voltados para seus problemas íntimos, acabam por sobrecarregarem seus filhos que na tentativa de trazê-los para o aqui e agora e fazê-los felizes, em sua inocência, inconscientemente, dizem: “eu vou no seu

lugar” ou “eu sofro por você”, e acabam ficando doentes para que os pais se unam e sejam felizes.

Esse amor é cego e além de não solucionar o problema acaba por agravar a situação, pois os pais acabam por abandonarem seus relacionamentos para nutrir as necessidades dos filhos e, embora inconscientemente, eles acabam pagando com um sentimento de expiação e toda expiação é sem sentido e não traz crescimento, pois nenhum mal se paga com sofrimento.

No momento que os pais percebem que a criança passou a ter mais importância na família, é hora de reassumirem o papel de pais e deixarem seus filhos livres para que sigam suas vidas.

A melhor forma de os filhos retribuírem o amor que receberam dos pais é passando adiante para as próximas gerações.

Entre o casal, há desequilíbrio quando um dos parceiros se sente superior ao outro e prefere dar todo o seu amor ao parceiro e sem perceber se recusam a receber. Com o tempo o parceiro vai se infantilizando e se torna dependente, perdendo assim o interesse e acaba por buscar novas distrações e vícios para preencher o vazio que sente ou acaba por adoecer pela impossibilidade de retribuir o muito que recebeu.

Os que muito recebem podem agir de 3 formas:

A primeira é ser grato pelo muito que recebeu, a segunda é tentar diminuir e atacar a pessoa que deu muito para que ela se sinta tão inferior quanto ele. E a terceira, é deixar a pessoa que muito deu, seja traindo ou abandonando a relação. Portanto, para que o amor dê certo é fundamental que o equilíbrio entre dar e receber seja respeitado.

 

3° Lei: HÁ UMA HIERARQUIA DE TEMPO: OS MAIS ANTIGOS VÊM PRIMEIRO E OS MAIS

NOVOS VÊM DEPOIS.

A hierarquia diz que quem vem primeiro tem prioridade sobre quem vem depois, assim os pais tem prioridades sobre os filhos. Os pais são grandes e os filhos pequenos, assim os pais dão e os filhos recebem.

Quando essa ordem fica invertida e os filhos se sentem maiores que os pais, a alma do filho sente um desconforto que se manifesta em forma de sofrimento autoimposto, essa arrogância acaba por trazer à vida dos filhos muitos fracassos, doenças e destinos difíceis.

Os filhos devem receber o amor dos pais da forma como lhe é dado, e ser gratos.

Quando os filhos reivindicam dos pais além do que eles dão, cria-se uma desordem na hierarquia, deixando-os amargos e duros consigo mesmo.

Entre os relacionamentos também existe uma ordem, só que diferente.

Quando o filho arruma uma esposa, a família atual passa a ter preferência sobre a família do pai e mãe.

Os conflitos acontecem quando um dos parceiros fica preso à família anterior e não se entrega plenamente ao parceiro. Nesse caso a solução é reconhecer a grandeza dos pais, mas honrar a escolha amorosa atual.

Quando há um segundo casamento, o atual tem prioridade sobre o anterior, mas se houver filhos do primeiro casamento, esses têm prioridades sobre o segundo casamento e há a necessidade que a mãe dos filhos seja reconhecida como a primeira mulher e mãe dos filhos do marido.

A arrogância dos filhos em exigir mais do que receberam dos pais causa muita dor, mas quando se consegue reconhecer a grandeza da vida e perceber que isso é o bastante, a ordem se restabelece no sistema familiar e o amor volta a fluir.

Quando respeitadas essas três leis, a vida segue em harmonia, equilíbrio e sucesso.

 

 

ALUNA: NILSA TEREZINHA

 

“AS ORDENS SISTÊMICAS”

 

As constelações familiares e organizacionais são orientadas por três leis sistêmicas chamadas de "Ordens do Amor", que exercem papel fundamental no equilíbrio e manutenção do sistema familiar e quando são respeitadas e aplicadas cessa a responsabilidade por injustiças cometidas no grupo familiar. São elas:

 

1-HIERARQUIA

Diz respeito a quem chegou primeiro na família, portanto os mais velhos merecem ser olhados com muito respeito e cuidado, pois foi através deles que a família veio se mantendo. Muitas vezes, os filhos no intuito de ajudar querem que os pais se mudem, não respeitando todo o

referencial de vida que já possuem em determinado local (casa, utensílios, vizinhos, crenças, mapas de família, cultura, etc.). Isso traz consequências negativas como doenças, problemas financeiros e afetivos para os próprios filhos.

No caso de separação do casal e se unirem a outra pessoa, os novos companheiros entram para a família como segundos ou na ordem de chegada, sendo que não existe “ex-marido” ou mulher mas o primeiro, segundo e assim por diante, assim como os filhos, os casais devem

sempre ter respeito com quem veio primeiro, enfim sempre respeitar a ordem.

Em uma empresa devemos sempre olhar com respeito para o seu fundador, a chegada de um novo funcionário e o seu desempenho ficarão mais harmônicos se olharem com respeito e reconhecimento para quem já estava lá, isso trará mais força na vida e mais sucesso.

 

2-PERTENCIMENTO

Sendo um sentimento natural, pertencer é uma necessidade de qualquer ser humano. No sistema familiar todos tem o direito de pertencer, ninguém pode ser excluído; todos são importantes para o sistema, sendo causa de desequilíbrio no mesmo quando acontece a exclusão.

Filhos rejeitados ou não incluídos, como no caso de abortos provocados ou espontâneos, precisam ser incluídos no número total de filhos.

Em caso de separação, também não se deve excluir ou falar com desrespeito sobre o parceiro anterior.

Em todos os casos em que há exclusão no sistema alguém poderá representar essa pessoa excluída de alguma forma, manifestando algum tipo de sintoma ou comportamento, isso acontece com a finalidade de reparar uma injustiça ou falta e assim restabelecer o equilíbrio

sistêmico.

Nas empresas também quando alguém não foi devidamente reconhecido ou sofreu injustiça e quando numa sociedade um sócio prejudicou o outro, pode gerar consequências danosas, como: desarmonia no clima organizacional, dificuldade para contratar um novo profissional,

queda na produção, evasão de clientes e até prejuízos financeiros ou algum familiar das pessoas envolvidas poderá apresentar algum sintoma, sofrendo as consequências no lugar da pessoa que prejudicou ou vivendo como a pessoa prejudicada ou ainda seguindo seu destino.

 

3-EQUILÍBRIO ENTRE O DAR E RECEBER

É algo de fundamental importância para o funcionamento e manutenção dos sistemas de uma forma geral, entre casais cuja dinâmica compromete a lei do dar e receber, um dá mais ao outro do que ele ou ela possam retribuir, prejudicando assim, o equilíbrio de troca. Nesse caso,

quem deu mais se sente no direito de cobrar e quem recebeu demais, sente-se na dívida e tem dificuldade de permanecer na relação. Isso diz respeito a tudo que se possa dar ou receber: carinho, cuidado, dinheiro, atenção, compreensão, tempo, proteção, tolerância etc...

Quem se doa demais também é responsável por sua atitude, pois acaba desrespeitando o outro na sua dignidade.

Somente na relação de pais para filhos esse desequilíbrio não se verifica, pois os pais sempre terão dado mais aos filhos do que recebido deles, começando pelo dom da vida.

Ter gratidão por isso e reconhecer que recebemos o dom da vida por intermédio dos nossos pais e antes pelos pais deles e assim sucessivamente independente de como fizeram ou deixaram de fazer, é fundamental. Portanto, reconhecimento e gratidão são as únicas

retribuições que os pais desejam.

 

 

Tarefa da aluna Fábia Cristina Silva, do Módulo de Constelação Organizacional, da II Turma do Curso Vivencial Treinamento em Constelações Sistêmicas, da consteladora Ana Lucia Braga, em Abril de 2012.

 

Como as Constelações Sistêmicas podem ajudar as empresas e os empregados

 

Bert Hellinger descobriu que nos relacionamentos humanos existem 3 princípios que atuam de forma subconsciente: ordem (hierarquia), equilíbrio (nas trocas, entre o dar e o receber) e vínculo ( o desejo de pertencer a um grupo). Esses princípios atuam fortemente nas famílias e também em outros grupos, sistemas ou organizações.

Baseado nesses princípios, e no fenômeno descoberto no século passado por Moreno e depois confirmado por Virginia Satir, Hellinger descobriu que podemos obter ricas informações sobre os relacionamentos dentro de um sistema social de relações quando pedimos a pessoas estranhas que representem outras num contexto chamado de "constelação sistêmica".

Um sistema é um conjunto de elementos que estão interligados entre si numa contínua relação de mudança. Por outras palavras, um sistema é qualquer grupo das pessoas que regularmente trabalha, aprende, se diverte ou se relaciona em conjunto com um objetivo comum.

Um sistema, no sentido organizacional, inclui os donos das empresas, os fundadores, administradores, gestores, funcionários, departamentos, produtos, mercado, clientes, clubes desportivos, hospitais, autarquias, governo, etc.

Sendo assim, as Constelações Organizacionais podem-se aplicar a praticamente todas as áreas dos negócios, carreira, profissão, assuntos individuais, microempresas, empresas familiares, etc.

O interessante desta metodologia é que o cliente fica com uma imagem clara da sua situação atual, da solução possível e do caminho que deve percorrer com vista à solução. Tudo se faz de forma intuitiva e suave, o que faz com que a solução seja totalmente integrada pelo cliente e

de aplicação prática em seu ambiente profissional ou empresarial. A Constelação Organizacional busca trazer a tona padrões e informações implícitas, não percebidas, que podem ser a chave para um funcionamento mais harmonioso com a geração de melhores resultados para o cliente e sua empresa.

Alguns dos temas que comumente são abordados pelos clientes (organizacionais) em uma sessão individual:

Ø Conflitos profissionais com chefes, colegas, empresas;

Ø Questões empresariais e administrativas (abertura de empresa; fracasso X sucesso; perda financeira; dificuldades na liderança; mudanças de carreira; recolocação profissional);

Ø Lidar com o sucesso, fracasso financeiro; o valor do dinheiro e o equilíbrio ou desequilíbrio quanto ao ganhar ou investir – dar e tomar;

Ø Decisões, escolhas, postura;

Ø Trabalhar por conta própria ou ser empregado;

Ø Responder a questões pessoais como “Devo ficar ou devo ir-me embora?”;

Ø Conflitos, Divergências, Rupturas;

Ø Clarificar a sua posição na organização;

Ø Encontrar um bom lugar na empresa;

Ø Clarificar objetivos; Supervisão;

Ø Encontrar o equilíbrio entre a vida privada e profissional.

Quando ocorre de um grupo empresarial, sócios ou donos de empresas e organizações buscarem o referencial da constelação familiar, os temas que comumente surgem são:

Ø Análise de constituição de empresas, abertura de filiais;

Ø Definição de uma estratégia para uma organização, ou para escolhas e decisões;

Ø Verificação da coerência da estrutura numa organização;

Ø Preparo de negociações;

Ø Integração após fusão ou aquisição de uma organização ou empresa;

Ø Gestão de projetos e metas;

Ø Estudo de marcas e produtos;

Ø Empresas Familiares; Herança;

Ø A criação ou desenvolvimento no mercado de uma nova empresa;

Ø Olhar sobre o funcionamento de uma empresa - Análise de estruturas organizacionais (investigação de disfunções e criação/revisão de estruturas mais efetivas);

Ø Gestão de conflitos nas organizações;

Ø Analise do processo de decisão em todas a áreas de negócio;

Ø Ver os efeitos sistémicos “interativos” nos diferentes departamentos de uma empresa;

Ø Processos de recrutamento e seleção, e desenvolvimento de funcionários (carreira);

Ø Teste da eficácia de importantes passos ou mudanças numa organização;

Ø Ferramenta de supervisão para consultores de empresas: focalizando essencialmente no consultor, para que melhor possa lidar com o pedido do cliente.

 

Princípios básicos que orientam o trabalho nas constelações organizacionais:

1. O direito de vínculo

Nas organizações, todos têm o mesmo direito de fazer parte. Mas esse direito acarreta também a obrigação de prestar uma contribuição condizente com a respectiva posição dentro do sistema no sentido de conservar e renovar a organização.

A organização cuida de seus funcionários incentivando-os, e os funcionários se mostram leais à organização e comprometidos com as metas desta. Se um dos dois lados lidar levianamente com a vinculação do outro (p. ex. adotando uma mentalidade de receber tudo da empresa)

surge uma espécie de hipoteca na organização que onera a relação de confiança dos funcionários e sua dedicação e vice-versa.

2. Dar e receber

Nas organizações existe portanto, uma espécie de contabilidade sobre o que um tem dado ou negado ao outro. Balanços desequilibrados fomentam a insatisfação e sentimentos de culpa exigindo um ajuste. Quem sofreu injustiças ganha poder, e quem costuma dar mais do que receber promove a ruptura das relações. Tanto o assistencialismo exagerado quanto a

exploração têm as suas consequências. A troca do dar e receber cria também nesses sistemas, vínculos e obrigações recíprocas entre os funcionários e a organização. Trata-se, no entanto, de um vínculo que é menos forte do que nas famílias. Quanto maiores e impessoais se tornarem as organizações (por exemplo, os grupos multinacionais) e quanto maior for a mobilidade exigida, tanto menos esses processos serão considerados por ambas as partes.

3. Tem preferência quem está mais tempo na empresa

Quando se trata de funcionários do mesmo nível, tem direitos mais antigos aquele que está há mais tempo na empresa. Os que chegaram depois dele deverão respeitar esses direitos. Esse princípio se aplica, sobretudo, aos iniciadores e fundadores da organização. Mesmo que a preferência seja das pessoas hierarquicamente superiores, convém a estas que saibam apreciar a experiência e os méritos daqueles que chegaram antes delas na organização. Do contrário, as novas vassouras varrerão com menos eficiência.

4. A liderança tem prioridade

As organizações têm necessidade de liderança. Mas a liderança precisa ser justificada por meio de resultados e desempenho adequado na respectiva função. Só assim o dirigente passa a ter autoridade e estima em sua posição. Mitos do tipo “Somos todos iguais” só criam

insegurança e conflitos de relacionamento. O responsável pelas finanças da organização que cuida da sobrevivência econômica do sistema tem prioridade sobre os demais dirigentes.

5. É preciso reconhecer o desempenho

Quando alguns funcionários, apesar de posição e remuneração iguais, têm competências ou habilidades especiais que garantem o sucesso e o desenvolvimento da organização, é necessário que se dê a este reconhecimento especial e incentivo pelas contribuições prestadas, para que possam continuar na organização. Nas colocações, esse fato não costuma manifestar-se em posições especiais e sim por meio de observações de reconhecimento da parte de dirigentes (p. ex. “Reconheço o seu empenho e a sua contribuição para o nosso sucesso e fico feliz em poder continuar trabalhando com você.”) Quando alguém se sacrificou pela organização a ponto de perder até a vida por ela, convém manter viva a sua lembrança.

6. Ir embora ou ficar

Em colocações organizacionais também surge frequentemente a pergunta: alguém precisa ir embora ou pode ficar? Pode ficar quem precisa da organização e que corresponde ao posto que ocupa e à função que exerce. Quem não precisa mais da organização pode perder alguma chance interessante se continuar dentro dela. Às vezes é necessário também que alguém vá embora porque prejudicou sistemática ou egoisticamente outros dentro do sistema. Caso ele não vá embora ou não seja mandado embora, surgem lutas, problemas relacionais, desmotivação e perda de confiança. Funcionários excluídos, indevidamente dispensados, expulsos ou não promovidos por motivos não técnicos costumam emperrar ou perturbar o clima da empresa, às vezes são representados e imitados por seus sucessores. Às vezes fica claro que um nível hierárquico se tornou supérfluo ou que existem funcionários demais para o trabalho a ser feito. Nesse caso é possível verificar, por exemplo, que a respectiva equipe encontra a solução criativa, porém improdutiva, de se revezarem em faltas por motivo de doença. Por outro lado, a colocação pode mostrar também que existem postos sobrecarregados de funções. Nos casos de demissão da organização é importante tanto para a organização quanto para o funcionário em questão que o desligamento se realize num clima de compreensão e respeito mútuo, para que a organização continue sem ter problemas e o ex-funcionário chegue bem em seu próximo emprego. Muitas vezes se enfraquece quem volta à organização da qual saiu. Bons rituais de boas-vindas e de despedida facilitam esses

processos nas organizações. Nas colocações, esses processos podem ser manifestados, por exemplo, pelo uso de determinadas frases.

7. Organizações são sistemas voltados para tarefas

Existem muitos grupo de trabalho que perderam de vista grande parte de suas tarefas. Os funcionários começam então a se ocupar consigo próprios, com problemas de relacionamento ou com queixas contra “os de cima” e a situação. Quando o coordenador de um grupo de CO chega a ter essa impressão, é importante confiar a alguém o cuidado com a tarefa, a meta ou os clientes.

8. Fortalecimento ou enfraquecimento?

Na colocação de uma organização fica logo patente se alguém ocupa seu lugar com energia boa e tranquila ou se está enfraquecido. No lugar certo e adequado, a pessoa se sente segura, despreocupada e com boa energia. Por isso é tão importante encontrar esse lugar. Em postos

usurpados, as pessoas têm fantasias de grandeza e de portam com arrogância. Em postos que enfraquecem, as pessoas não se sentem valorizadas, não se dão valor, ou falta-lhes apoio.

Sensações de fraqueza reveladas por “colocantes” em colocações organizacionais estão frequentemente ligadas a padrões ultrapassados e ao contexto de destinos familiares da origem.

9. O novo e o velho

Novas ideias são aceitas com dificuldade em organizações que não sabem dar valor àquilo que existe atualmente e que geralmente garantiu bons resultados durante longo tempo. É melhor prestar primeiro reconhecimento ao que existe, em vez de atacar logo o antigo para impor as suas próprias ideias e planos. O recém-chegado deve primeiro procurar orientar-se vendo aquilo que é válido dentro do sistema e inserindo-se nele. O mesmo vale também para grupos de projeto. Mas não é necessário mostrar a todo momento o quanto se estima o antigo.

Trata-se sobretudo de uma atitude interior.

As Constelações Organizacionais são caracterizadas pela sua alta eficiência e efetividade.

Com a concentração no essencial elas logo geram resultados e, portanto, são econômicas.

Representam um novo método inovador no desenvolvimento organizacional e contribuem significativamente para a melhoria do gerenciamento e da cultura na empresa.

Portanto, este trabalho é aplicado em processos que envolvam dinâmicas individuais ou grupais, onde são construídos mapas que trazem a tona o conhecimento tácito, o fenômeno.

A partir destes mapas é possível encontrar soluções e definir próximos passos para criar uma nova realidade mais adequada e produtiva dentro das organizações.

Este texto teve por base vários textos sobre Constelação Organizacional, de onde foram extraídas ideias e partes dos mesmos.

 

Bibliografia:

Ø Blumenstein. Consultoria Organizacional. http://www.talentmanager.pt/download/Blumenstei

nPT.pdf

Ø Cecilio Fernández Regojo. SYSTEMIC MANAGEMENT CONSTELAÇÕES

ORGANIZACIONAIS.

Ø Gunthard Weber & Brigitte Gross. CONSTELAÇÕES ORGANIZACIONAIS.

Ø Jan Jacob Stam. Trazendo à luz as raízes das organizações

 

 

Observações:

 

Os textos acima são tarefas dos Módulos I e II do CURSO DE FORMAÇÃO EM

CONSTELAÇÕES FAMILIARES E ORGANIZACIONAIS DE ANA LUCIA BRAGA.

 

Os textos devem ser entendidos como textos de alunos, como devolução do conhecimento aprendido em aulas e buscado na internet e em livros.

Neste sentido, não houve a preocupação em investigar se há plágios. Como professora, desejo e confio que os alunos não tenham copiado e colado e encaro os textos como exercício escrito do vivenciado em aula.

 

Desejo que os leitores apreciem o esforço dos alunos, como eu aprecio.

Obrigada.

 

Ana Lucia Braga

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Endereço

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Ribeirão Preto/SP, CEP 14020-630

Ana Lucia Braga

Consteladora Sistêmica

Coordenadora Espaço Terapêutico Isis
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